Vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande visitaram na última terça-feira (18), a convite do Presidente da Comissão Permanente de Cultura da Casa de Leis, vereador Ronilço Guerreiro (Podemos), o espaço destinado a construção do Centro Belas Artes, no Bairro Cabreúva. A iniciativa teve como objetivo avaliar a viabilidade de um novo espaço cultural e levantar informações sobre o andamento do projeto.
A obra de 14 mil metros quadrados, localizada na Avenida Ernesto Geisel com a Rua Plutão, foi iniciada em 1991 no governo de Pedro Pedrossian, na época o projeto previa a construção de uma nova rodoviária na Capital, após 14 anos o projeto passou por readequação para se tornar o Centro de Belas Artes de Campo Grande.
Na ocasião, Ronilço Guerreiro lamentou o cenário de abandono em que o local se encontra. “Estive visitando o tão sonhado espaço Belas Artes e fiquei triste, decepcionado e chocado com o abandono e como o dinheiro do povo foi usado de forma tão irresponsável. Inicialmente o projeto era da implantação da Estação Rodoviária de Campo Grande, ainda no governo Pedro Pedrossian, mas não virou uma coisa e nem outra”, ressaltou o vereador via assessoria.
A visita contou com a presença dos vereadores José Jacinto Luna (Podemos), Camila Jara (PT), Alírio Villasanti (PSL), Clodoilson Pires (Podemos) e Eduardo Miranda (Patriota).
Ronilço Guerreiro ressalta que o principal intuito da visita foi analisar a viabilidade do projeto. "Precisamos entender o que acontece para que esse espaço funcione, é hora de fazer o sonho se tornar realidade e esse vereador aqui vai lutar para realizar esse sonho”, finalizou o parlamentar.
Em suas redes sociais a vereadora Camila Jara (PT), manifestou indignação quanto ao descaso do poder público. “30 anos de dinheiro público jogados fora!”, enfatizou.
Para a parlamentar, o abandono da obra é resultado da falta de planejamento. “Muitas licitações, inúmeras empresas, vários termos de ajustamento de conduta, promessas e, claro, muito muito dinheiro. A obra chegou a ficar praticamente pronta, 85% concluída, mas não foi entregue nem inaugurada. Abandonada, virou ponto para uso de drogas e teve muita coisa depredada e furtada”, destacou a vereadora via redes sociais.
Camila Jara informou ainda, que nos próximos dias serão levantadas informações sobre a construção a fim de cobrar um posicionamento do poder público sobre o que chamou de “verdadeiro elefante branco”.