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Política Quarta-feira, 12 de Abril de 2017, 09:11 - A | A

Quarta-feira, 12 de Abril de 2017, 09h:11 - A | A

Operação Lava Jato

Zeca do PT e Vander Loubet são denunciados pela Odebrecht e STF autoriza investigação

Políticos fazem parte de lista com mais de 70 nomes citados por delatores da Lava Jato

Liniker Ribeiro
Capital News

Anderson Ramos/Capital News

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Deputados federais Vander Loubet e Zeca do PT estão entre investigados pela PGR

Deputados federais de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT e Vander Loubet, estão na lista dos políticos que serão investigados pela Procuradoria Geral da República (PGR). A abertura do inquérito foi aprovada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Lava Jato, Eduardo Fachin. Ambos foram citados em depoimentos de delação premiada de executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht.

De acordo com o site Estadão, ao todo serão investigados oito ministros do governo Temer, 24 senadores e 39 deputados federais. Entre os envolvidos, os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, têm o maior número de inquéritos a serem abertos, cinco cada um. O também senador, Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com quatro.

Entre os ministros do governo federal citados estão os nomes de Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República; Aloysio Nunes, ministro das Relações Exteriores; Blairo Maggi, Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Eliseu Padilha , ministro da Casa Civil.

Segundo depoimentos de 40 dos 78 delatores, os crimes mais frequentes são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, e há também descrições a formação de cartel e fraude a licitações.

Michel Temer, presidente em exercício, também foi citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas por possuir “imunidade temporária” devido ao cargo que ocupa, não pode ser investigado por crimes que não aconteceram durante o exercício de seu mandato.

 

Em nota, o deputado federal Zeca do PT afirmou que a citação de seu nome na lista dos investigados não passa de um "erro enorme". Justificou dizendo que, de acordo com a denúncia do delator da Odebrecht, um pagamento no valor de R$ 400 mil teria sido feito em seu nome para financiar sua campanha ao governo de Mato Grosso do Sul em 2006, mas que nem mesmo se candidatou naquele ano.

 

Capital News tentou contato com a assessoria de imprensa do deputado Vander Loubet, mas não obteve exito até o fechamento da reportagem.

 

Confira lista completa dos políticos citados pelos delatores:
Ministros
- Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República
- Bruno Araújo, ministro das Cidades
- Aloysio Nunes, ministro das Relações Exteriores
- Marcos Antônio Pereira, ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
- Blairo Maggi, Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- Helder Barbalho, ministro da Integração Nacional
- Eliseu Padilha , ministro da Casa Civil
- Gilberto Kassab, ministro da Ciência e Tecnologia

Governadores
- Renan Filho, governador de Alagoas
- Robinson Faria, governador do Rio Grande do Norte
- Tião Viana, governador do Estado do Acre

Senadores
- Romero Jucá (PMDB-RR)
- Aécio Neves (PSDB-MG)
- Renan Calheiros (PMDB-AL)
- Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
- Paulo Rocha (PT-PA)
- Humberto Costa (PT-PE)
- Edison Lobão (PMDB-MA)
- Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
- Jorge Viana (PT-AC)
- Lidice da Mata (PSB-BA)
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Dalírio Beber (PSDB-SC)
- Ivo Cassol (PP-RO)
- Lindbergh Farias (PT-RJ)
- Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
- Kátia Abreu (PMDB-TO)
- Fernando Collor (PTC-AL)
- José Serra (PSDB-SP)
- Eduardo Braga (PMDB-AM)
- Omar Aziz (PSD-AM)
- Valdir Raupp (PMDB-RN)
- Eunício Oliveira (PMDB-CE)
- Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
- Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Deputados Federais
- Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara
- Marco Maia (PT-RS)
- Carlos Zarattini (PT-SP)
- Paulinho da Força (SD-SP)
- João Carlos Bacelar (PR-BA)
- Milton Monti (PR-SP)
- José Carlos Aleluia (DEM-BA)
- Daniel Almeida (PCdoB-BA)
- Mário Negromonte Jr. (PP-BA)
- Nelson Pellegrino (PT-BA)
- Jutahy Júnior (PSDB-BA)
- Maria do Rosário (PT-RS)
- Felipe Maia (DEM-RN)
- Ônix Lorenzoni (DEM-RS)
- Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
- Vicentinho (PT-SP)
- Arthur Oliveira Maia (PPS-BA)
- Yeda Crusius (PSDB-RS)
- Paulo Henrique Lustosa (PP-CE)
- José Reinaldo (PSB-MA)
- João Paulo Papa (PSDB-SP)
- Vander Loubet (PT-MS)
- Rodrigo Garcia (DEM-SP)
- Cacá Leão (PP-BA)
- Celso Russomano (PRB-SP)
- Dimas Fabiano Toledo (PP-MG)
- Pedro Paulo (PMDB-RJ)
- Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA)
- Paes Landim (PTB-PI)
- Daniel Vilela (PMDB-GO)
- Alfredo Nascimento (PR-AM)
- Zeca Dirceu (PT-SP)
- Betinho Gomes (PSDB-PE)
- Zeca do PT (PT-MS)
- Vicente Cândido (PT-SP)
- Júlio Lopes (PP-RJ)
- Fábio Faria (PSD-RN)
- Heráclito Fortes (PSB-PI)
- Beto Mansur (PRB-SP)
- Antônio Brito (PSD-BA)
- Décio Lima (PT-SC)
- Arlindo Chinaglia (PT-SP)

 

Confira na integra nota divulgado pelo deputado federal, Zeca do PT:

 

Nota Pública sobre inquérito da Lava-Jato no STF

Tomei conhecimento agora há pouco do inteiro teor da denúncia contra minha pessoa acatada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Diz a denúncia, que o delator do Grupo Odebrecht se refere a um pagamento de R$ 400 mil para minha campanha a Governador em 2006. Em seguida diz o mesmo delator, que tendo ocorrido minha desistência da candidatura naquela eleição, o referido valor foi repassado ao Senador Delcídio, candidato do PT ao governo, com o qual mantinha detalhadas reuniões, segundo o mesmo delator.

Ocorre ai um erro enorme. Fui eleito governador em 1998 e reeleito em 2002. Portanto em 2006 estava impedido de ser candidato a governador e não disputei nenhum cargo naquela eleição.

Apoiei o nosso candidato, mas não tive nenhuma outra responsabilidade, seja de captação, seja de prestação de contas junto a Justiça Eleitoral. Esperando ter esclarecido a opinião pública, peço reparação da injustiça cometida nesta denúncia.

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