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Reportagem Especial Sexta-feira, 10 de Março de 2023, 17:20 - A | A

Sexta-feira, 10 de Março de 2023, 17h:20 - A | A

Dia do Telefone

Ligações telefônicas estão esquecidas entre campo-grandenses

Após um século da criação, ligações estão extintas

Livia Bezerra e Vivianne Freitas
Capital News

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de telefone fixo, telefonema, telefonia, telecomunicação, chamada, ligações

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Quando foi a última vez que você usou um telefone para receber ou fazer uma ligação? Ou melhor, quando foi a última vez que você precisou fazer uma chamada telefônica a cobrar? Talvez responder a essas questões seja difícil, ainda mais em tempos onde a ligação foi substituída por mensagens de texto e áudio.

 

Nesta sexta-feira (10) é celebrado o Dia do Telefone. A data marca o aniversário do primeiro registro de transmissão elétrica de voz feito por Graham Bell em 1876. De lá para cá, o aparelho passou por incontáveis transformações até chegar ao que hoje chamamos de smartphone. O avanço foi tanto, que a ligação telefônica entrou em extinção.

 

O jornal Capital News entrevistou alguns usuários para saber se as ligações telefônicas ainda são realizadas ou estão esquecidas, já que os aplicativos de mensagens e redes sociais avançam a cada dia que passa com uma nova atualização.

 

Seu celular está tocando! Mas, você atende? Muitos não atendem por medo de receber uma má notícia ou por simplesmente achar que pode ser ligação de telemarketing. Mas, será mesmo que é só isso? As redes sociais influenciam, e muito! Prova disso é o servidor público, Renan Oliveira, que só atende ligações telefônicas em casos urgentes e prefere se comunicar por aplicativos de mensagens. “Eu não costumo atender ligações e também não gosto de falar por ligação. Somente aplicativos de mensagens mesmo e via áudio”, afirmou em entrevista ao Capital News.

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de celular, 4G, 3G, ligação, telefone, chamada, internet

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Já a aposentada Sueli Duarte disse que recebe e atende ligações telefônicas em média duas a três vezes na semana, mas não tem o hábito de ligar. “Às vezes estamos ocupados, e por termos nos acostumado tanto com mensagens de whatsapp, quando alguém liga, exigimos rapidez na fala de quem ligou porque estamos ocupados”, explicou, afirmando já estar acostumada com mensagens via whatsapp.

 

Em muitos casos, o whatsapp é a melhor opção, devido ao registro e armazenamento das mensagens. “Além de ficar registrado o que a pessoa disse, posso retornar e consultar caso eu esqueça algo importante”, justifica o empresário de 26 anos, Vinicius Porto.

 

Durante entrevista ao Capital News, a auxiliar de escritório, Brunna Andrade, disse que recebe em sua maioria, ligações de clientes, e os telefonemas otimizam o tempo e as tarefas, mas ela não descarta a importância e relevância do whatsapp em registrar as mensagens. “Você pode ver quando quiser e puder, o que acaba sendo algo garantido no sentido: uma hora terei a resposta que preciso, por exemplo, que não é o caso da ligação, que corre o risco da pessoa não atender”.

 

Receber e realizar ligações telefônicas já não é mais tão comum para a dona de casa, Elizete Freitas, de 53 anos, que afirma só receber ligações das pessoas se não estiver respondendo pelo whatsapp. “As vezes me chamam no whatsapp, aí eu não vejo ou estou fazendo outra coisa, aí sim a pessoa liga”. 

 

A dona de casa ainda ressalta que nem em homenagens, aniversários ou ocasiões especiais, as pessoas pensam em ligar, “está bem esquecido mesmo, a gente nem pensa em ligar, na realidade, manda um áudio”, comenta.

 

Conforme levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em maio de 2022, o Brasil tinha mais de um smartphone por habitante. Eram 242 milhões de celulares inteligentes em uso no País, que tem pouco mais de R$ 214 milhões de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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