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A conversão de pastagens degradadas em áreas agricultáveis pode levar Mato Grosso do Sul a dobrar a produção de grãos em apenas uma década. Se o clima cooperar, o Estado deverá colher 24 milhões de toneladas de soja e milho na safra corrente, o dobro do que foi colhido em 2010.
O resultado se deve, principalmente, à aplicação de tecnologias na conversão de 3,1 milhões de hectares de pasto degradado em áreas próprias para a agricultura. Só no ano passado, Mato Grosso do Sul registrou aumento de 250 mil hectares de área cultivada com soja. Há ainda a perspectiva de alteração de uso do solo para aproveitamento em culturas de outros 240 mil hectares.
As informações sobre a evolução do agronegócio em Mato Grosso dos Sul foram destaque na apresentação do superintendente da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta, em aula da pós-graduação do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF).
Rogério Beretta creditou a evolução do setor às instituições de pesquisa do Estado. Em solo sul-mato-grossense estão três unidades da Embrapa e duas fundações de pesquisa mantidas pelos produtores rurais.
“Para que a agricultura ocupe uma área já desgastada é preciso que a pesquisa aponte a variedade que mais se adapta e a melhor época de plantio. É necessário reduzir riscos, pois transformar uma área de pasto em lavoura requer investimento pesado e os empresários rurais precisam ter segurança. Por isso, a pesquisa tem que vir antes, e ela tem sido fundamental nos resultados obtidos pelo setor no Estado”, avaliou.