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Rural Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008, 16:08 - A | A

Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008, 16h:08 - A | A

Brasil estará livre da febre aftosa em dois anos

Agência Brasil

O Brasil faz um trabalho bem articulado com os países vizinhos, “para ver se nos próximos dois anos conseguimos ficar livres da febre aftosa”.

A expectativa é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, que ontem (13) participou de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado para debater o embargo às exportações de carne bovina brasileira para a União Européia (UE).

Ele enfatizou que a questão “é puramente comercial, não tem nada quanto à sanidade e qualidade do produto brasileiro, que é defendido por comerciantes e consumidores europeus”. E ressaltou que a questão da sanidade foi elogiada, inclusive, pela última missão técnica da UE, que esteve aqui em novembro passado.

Segundo Stephanes, o trabalho de fronteira, realizado em parceria com o Paraguai, “está indo muito bem”. Os dois países, disse, conseguiram vacinar 96% dos rebanhos bovinos numa faixa de 30 quilômetros de fronteira (15 quilômetros de cada lado).

Ele admitiu, no entanto, dificuldades com a Bolívia, onde o ministério ainda não conseguiu interlocutores e, por isso, desenvolve ações na faixa fronteiriça de 15 quilômetros no lado brasileiro e impõe barreiras ao trânsito de animais bolivianos para o Brasil.

Além disso, o ministro afirmou que “trabalhamos com muita decisão em duas frentes para eliminar eventuais áreas de risco desconhecido”, na Amazônia e em alguns estados do Nordeste. O ministério, acrescentou, também trabalha com organismos internacionais e países vizinhos a fim de eliminar a aftosa da América do Sul nos próximos três anos. Com este objetivo, informou, será realizada reunião em março, em Porto Alegre.

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