Mato Grosso do Sul inicia nesta terça-feira (1º) a vacinação do rebanho contra a febre aftosa, que é obrigatória para bovinos e bubalinos. Esta é a última imunização do gado antes do pedido de área livre de aftosa sem vacinação.
De acordo com a previsão da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) é de que 16 milhões de cabeças sejam imunizadas entre os animais do Planalto e do Pantanal.
Na região do Planalto, a vacinação é obrigatória para todo o rebanho entre os dias 1° e 30 de novembro. O registro da imunização deverá ser realizado pelo produtor, no sistema informatizado da IAGRO, através do portal GAP de 1º de novembro a 15 de dezembro de 2022.
Já no Pantanal, os optantes pela etapa de novembro devem vacinar todo o rebanho entre 1° de novembro a 15 de dezembro de 2022 e registrar a vacinação de 1° de novembro a 31 de dezembro. Para ambas regiões, a aquisição da vacina já está liberada nas revendas cadastradas desde o dia 27 de outubro, sem a necessidade de emissão de autorização de compra pela IAGRO.
Área livre sem vacinação
De acordo com o superintendente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta, o Estado buscará no próximo ano o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. "Para isso teremos que seguir todas as etapas previstas no PNEFA, entre elas a retirada da vacina da aftosa no rebanho", acrescentou.
Para realizar a transição de status sanitário, o Mato Grosso do Sul deve atender aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal).
Para o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, a OIE exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses.
O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, destaca o empenho e comprometimento dos produtores rurais em manter Mato Grosso do Sul como Estado livre da febre aftosa. Ingold destacou que esta etapa de vacinação segue as diretrizes do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”.