Os Produtores rurais de Mato Grosso do Sul vem obtendo lucro com o cultivo da alface em 2018. Com acompanhamento técnico, ele vem obtendo resultado e o saldo chega a comercialização de R$ 945.805,90, na safra passada.
Conforme o último levantamento divulgado pela Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), a alface é a folhosa mais consumida no Brasil e a 3ª hortaliça mais produzida nacionalmente, com 1,5 milhão de toneladas, movimentando anualmente R$ 8 bilhões, apenas no varejo.
Com a assistência técnica e gerencial do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), o cultivo da folhosa tem sido impulsionado, tanto que essa é a segunda hortaliça produzida em maior volume pelos agricultores do Programa de ATeG Hortifrúti Legal, perdendo apenas para a mandioca.
“No último ano, os assistidos produziram 645 toneladas de alface, representando 24,31% da produção total de hortifrútis no período. A comercialização gerou cerca de R$ 1 milhão, mais especificamente um total de R$ 945.805,90”, afirma o gestor do Departamento de Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS, Francisco Paredes.
O levantamento mostra ainda que a mais produzida é a crespa, seguida pela americana, lisa, mimosa e roxa.
Seja por meio do cultivo hidropônico (técnica de cultivo sem utilização do solo, por meio de solução nutritiva aquosa) ou convencional (diretamente na terra), a alface tem sido sinonimo de negócio vantajoso para muitos empreendedores rurais.
Hidroponia
“Ôh rapaz! Era água. Agora é vinho!”. A frase é do produtor Antônio Xavier Rocha, de Terenos, 22 Km distante de Campo Grande. Ele resume na expressão os 11 meses do serviço prestado pelo técnico de campo na hidroponia, instalada a 2 Km do perímetro urbano.
De acordo com o Senar, o Antônio estava desanimado, com vários problemas na produção e vindo de uma sucessão de perdas bastante significativas, chegando até mesmo a arrendar a hidroponia, mas mudou de ideia e decidiu investir no empreendimento.
“O trabalho que fizemos foi a correção da parte técnica, ele [Antônio] vinha gastando muito e sem resultados. Ajustamos o planejamento da produção, fazendo o escalonamento de plantio e organização da cultura em geral. No início foi difícil pela dificuldade financeira para investimento, mas aos poucos fomos caminhando e foi dando certo. Saímos de uma produção de 3 a 5 mil plantas por mês para 17 a 20 mil com a mesma estrutura”, explica o engenheiro agrônomo e técnico de campo do Senar/MS, Victor Almeida.
“A assistência dá segurança para gente. Consegui manter o ciclo sem perda de produto. A diferença é de 100% do que era antes para depois”, afirma o produtor.
Com a produção hidropônica, Antônio hoje é associado a uma cooperativa local, onde comercializa 960 unidades por semana. Além de um mercado em Terenos, ele entrega 25 caixas da hortaliça diariamente para um cliente fixo da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul). Nos últimos três meses, vendeu para os consumidores R$ 43 mil.