Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2008, 10h:43 -
A
|
A
Dourados é o maior exportador do Estado
Correio do Estado
Fechado o levantamento anual sobre a balança comercial de Mato Grosso do Sul, feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior foi confirmado que o município de Dourados foi o maior exportador do Estado em 2007.
No período de janeiro a dezembro, empresas, cooperativas e agroindústrias exportaram US$ 189 milhões, correspondendo a 21% de tudo o que foi comercializado para o exterior. No mesmo período de 2006, Dourados havia vendido lá fora em torno US$ 101 milhões.
Outro dado importante é que Dourados conseguiu um superávit comercial bastante elevado – de US$ 164 milhões, porque importou somente US$ 25 milhões em 2007.
Entre os principais produtos vendidos para quatro continentes estão a soja em grão, óleo bruto e farelo; carnes de frango, suína e subprodutos; e o milho. No total, 31 países importaram mercadorias de Dourados.
Quase metade das exportações são de soja e derivados produzidos pela unidade da Bunge, no Distrito Industrial (DID); as carnes de ave e suína representaram perto de 40% das vendas feitas pela Avipal, que também funciona no DID e a Cargill (ex-Seara) localizada às margens da BR-163.
Segundo o diretor da GD Corretora de Grãos, Amarildo Palma, a exportação de milho, em sua maioria, é feita pelo Porto de Paranaguá (PR), a 900 quilômetros de distância, enquanto que da soja e subprodutos pelo Porto de Santos (SP), a 1.100 km de Dourados; uma pequena parte sai do Brasil por São Francisco do Sul (SC). Quanto às carnes, elas são embarcadas tanto no porto paranaense como no paulista.
Cidades
Já Campo Grande apareceu em segundo lugar no ranking dos exportadores, de acordo com aquele ministério. Em 2007, a Capital exportou US$ 162 milhões, correspondendo a 18% do total exportado pelo Estado.
Também apareceram como destacados exportadores os municípios de Ponta Porã, Corumbá, Sidrolândia e Sonora. Quem mais importou no ano de 2007 foi Corumbá com US$ 1,4 bilhão, investidos na compra do gás natural boliviano pela Petrobras.
Mas a balança comercial do Estado é deficitária justamente por causa do gás da Bolívia. As exportações sul-mato-grossenses atingiram US$ 894 milhões no ano passado – crescimento de 35%, mas a diferença entre o exportado e o importado chegou a US$ 1,2 bilhão.