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Internacional

Em acordo bilateral China deve importar melão do Brasil

Em troca Brasil deve importar pera chinesa

Laryssa Maier
Capital News

Divulgação/Presidência da República

Em acordo bilateral China deve importar melão do Brasil

Presidente Jair Bolsonaro e ministros em audiência com presidente da Fiesp e CEOs chineses, em Pequim

Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,Tereza Cristina está em Pequim e se juntou à comitiva do presidente Jair Bolsonaro. Na quarta-feira (23) a ministra se reuniu com o Han Changfu e anunciou que a China deve importar melão produzido no Brasil e habilitar novos frigoríficos brasileiros para fornecerem carne aquele país. Em compensação, o Brasil vai importar pera chinesa. 

 

“Muitas coisas estão caminhando com muita celeridade. No caso das frutas, devemos ter o anúncio da abertura de melão do Brasil para China e de pera da China para o Brasil. Temos mais habilitações que devem acontecer no intervalo de dias entre a visita do presidente Bolsonaro à China e a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil”, afirmou Tereza Cristina.

 

Esta é a segunda viagem da ministra à Pequim. A primeira foi em maio deste ano. Tereza Cristina chegou à China no fim de semana passado e hoje (24) se juntou à delegação do presidente Jair Bolsonaro. Nesta quinta, a delegação visitou a Muralha da China e depois se reuniu com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf.

 

Tereza Cristina destacou a importância da continuidade das conversas entre maio e outubro deste ano. “Tivemos alguns avanços. A viagem de maio foi importantíssima para uma abertura maior entre o Ministério da Agricultura e o GACC (aduana chinesa)”, disse a ministra.

 

A ministra ressaltou o importante mercado que se abre para a produção pecuária brasileira. “Hoje o mercado de carnes está em ebulição aqui, a necessidade é muito grande. Então, aqueles frigoríficos que estão preparados com os protocolos para exportar para China terão oportunidade, tamanha é a necessidade e a vontade de importar carne do Brasil”, afirmou.

 

Na área agrícola, segundo a ministra, estão sendo acertados protocolos para exportação de farelo de algodão e de farelo de soja, mas essa negociação exige mais conversas entre as equipes técnicas dos dois países. A China também manifestou interesse no açúcar e no etanol brasileiros.

 

“Há interesse deles no açúcar, no algodão e até no etanol. (O etanol) Entrou de maneira muito inicial ainda, muito pontual, mas vamos caminhar para uma discussão também sobre esse assunto”, afirmou a ministra.

 

Tereza Cristina reforçou a importância das parcerias entre o Brasil e a China – um país que precisa alimentar 1,4 bilhão de pessoas. “O que o nos foi dito ontem, com muita propriedade, é que eles têm a necessidade (de alimentos), porque estão colocando no mercado de consumo mais de 300 milhões de pessoas. Isso é um outro Brasil que precisa ser alimentado dentro da China”, disse.

 

“Nós temos de aproveitar essa oportunidade, entregando o que eles querem: volume, alimento de qualidade e preços que possam estar ajustados aqui no mercado chinês”, completou.

 

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