Campo Grande Sexta-feira, 17 de Maio de 2024



Rural Terça-feira, 26 de Novembro de 2013, 16:20 - A | A

Terça-feira, 26 de Novembro de 2013, 16h:20 - A | A

Famasul diz que Estado está atrasado na logística

Da Redação (JR)

"Mato Grosso do Sul e o Brasil estão atrasados no desenvolvimento logístico. Atualmente temos capacidade de armazenar apenas metade da produção agrícola do Estado e com isso os caminhões acabam servindo como silos nas filas dos portos”. O pronunciamento é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Eduardo Riedel, durante a apresentação do Centro Oeste Competitivo, projeto de reconstrução da infraestrutura rodoviária, hidroviária e aérea, com a participação da iniciativa privada. A apresentação das ações que impactam Mato Grosso do Sul ocorreu nessa segunda-feira (25), no auditório da Federação das Indústrias de MS (Fiems).

Para a realização dos estudos que beneficiam a logística de Mato Grosso do Sul, a empresa Macrologística Consultores desenvolveu 150 entrevistas pessoais, identificando as prioridades entre as associações produtivas, empresas e autarquias. Com uma projeção para 2020, os estudos priorizaram 10 eixos de integração logística da Região e prevêem potencial de movimentação econômica anual de R$ 7,2 bilhões entre os eixos, montante que representaria redução de 11,8% no custo logístico, utilizando-se os volumes previstos para os próximos sete anos.

O projeto que foi encomendado pela Famasul e Fiems fez um diagnóstico da oferta da infraestrutura do Centro Oeste e da demanda gerada pelas cadeias produtivas, com mapeando de cerca de 60 produtos, incluindo a soja, milho, carne bovina, aves, açúcar, adubos e fertilizantes. Nos resultados, os três eixos que aparecem como principais gargalos envolvem a BR-163, entre Dourados e Mundo Novo, a malha ferroviária que traça Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, incluindo a Malha Oeste entre Corumbá e o porto de Santos (SP), e a rodovia que liga Maracaju a Paranaguá (PR).

Em um demonstrativo de exportações de carne, o projeto mostra que atualmente, utilizando-se das atuais estruturas rodoviárias e portuárias, encaminhar uma tonelada de Mato Grosso do Sul até Shangai, via Santos, custa em média R$ 398. Com a concretização da ferrovia em MS os custos teriam queda de 11%, baixando para R$ 355.

Somando as necessidades de melhorias logísticas nas outras regiões brasileiras, o Centro Oeste Competitivo inclui 106 projetos, com a necessidade de R$ 36,4 bilhões de investimento, sendo a maior parte do valor destinado ao setor ferroviário e portuário. De acordo com a empresa responsável pelos estudos, com a economia potencial anual do custo logístico que os eixos podem proporcionar, este investimento pode ser pago em pouco mais de 5 anos.
 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS