O cultivo tecnificado e prático é uma alternativa para quem é adepto à inovação e busca otimização e bons resultados na horticultura. No lugar do canteiro, uma canaleta e, ao invés da terra, a água. Estas são algumas das características da hidroponia. Este é o tema da editoria #EducaçãonoCampo desta quarta-feira (04).
Segundo assessoria, com poucas interferências climáticas e muita viabilidade econômica, o sistema hidropônico ganha cada vez mais adeptos em Mato Grosso do Sul. “A água com nutrientes que passa pelas raízes das hortaliças proporciona uma limpeza do local de cultivo, e isso permite que o produto seja colhido e diretamente embalado para a comercialização. O cultivo protegido pode também levar a uma redução do uso de defensivos, e a altura das bancadas facilita o manuseio por parte dos trabalhadores”, explica o técnico do Senar/MS, Murilo Endo.
Mesmo com inúmeras vantagens, de acordo com Endo, antes de optar pelo método, é preciso levar em consideração alguns detalhes. Além do tamanho da área e do perfil do produtor, a água deve ser de boa qualidade, e a rede de energia deve ser estável. A orientação é feita aos produtores atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial na olericultura.
“A hidroponia é totalmente dependente de energia elétrica e, na falta da mesma, em duas horas, o produtor pode perder todo o cultivo, o que exigirá uma irrigação manual, se for o caso. No verão existe um risco maior, já que a temperatura da água pode queimar a raiz, e o calor provocar o aparecimento de fungos e insetos”, esclarece.
O custo para implantar um sistema hidropônico, com estrutura completa, moderna e com conforto térmico para as espécies, gira em torno de R$ 150 o metro quadrado. Folhosas como alface, rúcula, agrião, salsinha, coentro e almeirão são as mais cultivadas neste método.