Mato Grosso do Sul obteve na safra 2011/12 1,63 milhão de metros cúbicos de etanol. Com 425,8 mil metros cúbicos, o anidro foi o produto que mais cresceu no Estado, com aumento de 18% em relação à safra passada que resultou em 360 mil metros cúbicos. O principal destino do etanol de MS foram os Estados Unidos que adquiriram 99,4% do total produzido. O escoamento do etanol por hidrovia chega a representar a metade dos custos em relação ao transporte do produto por ferrovia e o sistema de transporte rodoviário triplica os recursos utilizados em relação ao hidroviário.
O transporte rodoviário representa um custo de R$ 120 reais de frete para cada tonelada em distancia de mil quilômetros. Já o custo por hidrovia tem custo de R$ 40 reais. Em relação ao consumo de combustível, o transporte rodoviário tem uso de 15 litros para cada tonelada/mil quilômetros, enquanto o ferroviário utiliza 6 litros e o hidroviário usa somente 4 litros. “Temos o benefício econômico e menor gasto energético. Além disso, o sistema de escoamento do etanol por dutos e hidrovias vai diminuir os gargalos do transporte terrestre”, disse o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Transpetro, Fabiano Tolfo, durante o Seminário de Logística, Infraestrutura e Agronegócio, em Campo Grande (MS).
Tolfo apresentou o projeto que vai ligar terminais do interior de São Paulo ao terminal de Aparecida do Taboado, na região do Bolsão de MS. O transporte hidroviário também foi defendido pelo gerente de Desenvolvimento da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), José Renato Fialho, que falou da situação da hidrovia Tiete Paraná. A ANTAQ é a autarquia especial vinculada ao Ministério dos Transportes e a Secretaria de Portos que desempenha a função de entidade reguladora e fiscalizadora das atividades portuárias e de transporte aquaviário. “O que temos feito é propor regras para operação nas barragens para melhorar todo o sistema de transporte”, diz Fialho.