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Rural Segunda-feira, 16 de Julho de 2012, 07:52 - A | A

Segunda-feira, 16 de Julho de 2012, 07h:52 - A | A

International Paper Brasil busca desmistificar a cadeia produtiva do papel

Da Redação.

Mitos sobre o processo de fabricação de papel impõem ao setor uma imagem negativa. Para mudar essa imagem e mostrar que a indústria de celulose e papel é conduzida por princípios socioambientais, comprometida com a sustentabilidade, a IP Brasil (International Paper do Brasil) criou página na internet (www.adoropapel.com.br) e desenvolveu publicação dirigida a formadores de opinião e segmentos estratégicos, para esclarecer dúvidas que os leigos carregam há anos e difundir as boas notícias sobre florestas plantadas e sua industrialização.

Fabricar papel não acaba com as florestas nativas, nada indica que há necessidade de reduzir o consumo e o produto não vai acabar. Ninguém deve se sentir culpado em consumir papel.

Essas são algumas das questões que o público, em geral, tem dúvidas e estão sendo esclarecidas pela IP. “O papel tem inúmeros benefícios que grande parte da população desconhece. É preciso dizer que o uso desse produto milenar é totalmente alinhado à preservação ambiental”.

O plantio de eucalipto, nota a publicação da IP Brasil, dá a matéria-prima à indústria de celulose e papel e ajuda a natureza. Não há utilização de árvore nativa. Em todo país há 7 milhões de hectares de florestas plantadas, sendo 2,2 milhões no setor de papel e celulose. Nos últimos 10 anos o setor investiu US$ 12 bilhões.

No trabalho que busca desmistificar a imagem da indústria de papel, é destacada a comparação entre papel e meio eletrônico. “O papel de imprimir e escrever é composto de celulose que é produzida a partir da madeira proveniente das florestas plantadas e eá 100% reciclável e biodegradável. Por outro lado, os dispositivos eletrônicos são compostos de metais, provenientes de recursos não renováveis, extraídos principalmente de matérias brutas, como carvão, minérios e petróleo...”. Não significa, no entanto, segundo a publicação da IP, que um possa substituir o outro.”Os dois se complementam”.

Além de esclarecer que o papel não vai acabar em razão do avanço dos meios eletrônicos, o uso de madeira certificada na fabricação do papel, a IP explica que a queima de resíduos de madeira (biomassa) para gerar energia emite o chamado ‘carbono-neutro’. A publicação nota ainda que um hectare de floresta de eucalipto da IP Brasil capta 51 toneladas de CO (gás carbônico) da atmosfera por ano. A cada tonelada de papel produzido, são replantadas 18 árvores. Na produção é utilizada a floresta plantada. O replantio amplia a área verde.

DEGRADAÇÃO DO SOLO

Os principais mitos sobre a fabricação do papel e que são motivos de discussão até entre produtores que começam a plantar eucalipto, são sobre o manejo, se essa espécie de árvore realmente seca o solo e se a cultura reduz o valor agronômico da terra, esgotando seus nutrientes.

“O cultivo do eucalipto bem manejado não seca o solo e ainda auxilia a regularização da vazão de água dos rios e ajuda na diminuição da turbidez e do assoreamento dos mananciais hídricos. Isso porque essas florestas respeitam as áreas destinadas à mata ciliar e, ainda, pelo fato de recobrirem o solo, ajudam a potencializar a infiltração de água”, explica o manual da IP.

“No cultivo do eucalipto, assim como qualquer outro tipo de cultivo, o manejo que se faz nas áreas é o que realmente importa, devendo-se respeitar as características de cada região e a disponibilidade natural de água nesses locais. Sem esses cuidados, haveria probabilidade de ocorrer o ressecamento do solo, não porque se trata do eucalipto, pois isso aconteceria em qualquer cultura, mas porque o manejo não foi bem planejado”.

De acordo com o livreto publicado pela IP assim como o mito de secar, qualquer cultivo que não possua cuidados técnicos, monitoramento e correções de fertilidade, pode sim empobrecer o solo.

A IP esclarece também que a expressão ‘deserto verde’ atribuída às extensas plantações de eucalipto não refletem a verda porque em seus plantios de eucalipto são intercaladas áreas de conservação natural, permitindo que animais silvestres possam transitar livremente. “Prova disso é que estudos desenvolvidos em parceria com universidades e instituições de pesquisa identificaram cerca de 350 espécies nativas de árvores presentes nos hortos florestais da International Papel e 400 animais da fauna brasileira, especialmente aves e mamíferos”.

EMPREGOS

Sobre o mito do desemprego, a IP cita a Bracelpa (Associação Brasileira da Indústria de Celulose), mostrando que a produção de celulose e papel é responsável pela geração de 115 mil empregos diretos e 575 mil empregos indiretos. Do total de empregos diretos, a indústria é responsável por 68 mil vagas e as florestas por 47 mil. (Fonte: Perfil News)

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