Uma das zoonoses de maior importância na saúde pública no Brasil é lembrada neste domingo (28). O Dia Mundial da Raiva foi instituído há dois anos, para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de prevenção, vigilância e o controle da doença, que pode atacar animais herbívoros, como bovinos, caprinos, ovinos e pessoas. Dados do Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (PNCRH/Mapa), apontam que, no Brasil, a raiva é responsável pela morte de aproximadamente 40 mil bovinos por ano.
A doença é letal e acarreta prejuízos da ordem de US$ 200 milhões por ano à cadeia produtiva de bovinos. A morte do animal ocorre em aproximadamente dez dias do contágio. Há risco para a saúde pública, pois a doença pode atingir humanos que lidam diretamente com o rebanho.
Para evitar a raiva nos herbívoros, é preciso, mais do que vacinar periodicamente os animais, controlar o agente transmissor. O principal é o morcego vampiro Desmodus rotundus, que se alimenta com o sangue de bois, cabras, ovelhas e cavalos. O animal agredido apresenta um pequeno ferimento, com uma marca de sangue escorrido.O controle da população do morcego é uma das principais formas de evitar a contaminação dos rebanhos.
Ações - Como medidas para prevenção da doença nos herbívoros, em 2007, foram treinados mais de 600 profissionais do Mapa, de Órgãos Executores Estaduais de Defesa Sanitária Animal, do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais de Saúde. Na ocasião, foram distribuídos 140 kits com equipamentos para controle dos morcegos e os resultados desse trabalho já podem comprovados.
No primeiro semestre deste ano, aumentou 26,71% o número de morcegos hematófagos capturados, com redução de 18% na ocorrência de focos da doença, em comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Além disso, até o mês de setembro de 2008, foram comercializadas cerca de 66 milhões de doses de vacina anti-rábica para animais no País.
Sintomas - Algumas características identificam o animal doente, que se isola do rebanho, saliva excessivamente, não bebe e não come, apresenta andar cambaleante e dificuldade para ficar em pé. Na fase final, a doença paralisa os quartos posteriores e o animal não consegue mais se levantar.
O Mapa elaborou o Manual Técnico de Controle da Raiva dos Herbívoros, que padroniza as ações para o controle da doença. O documento está disponível no site www.agricultura.gov.br. Os interessados em obter mais informações sobre a raiva dos herbívoros devem solicitar pelo e-mail
[email protected] ou ligar para a Central de Relacionamento do Ministério pelo telefone 0800 704 1995. A ligação é gratuita. (Da Redação)