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Rural Segunda-feira, 07 de Dezembro de 2020, 18:02 - A | A

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Sacolão

O tomate também pode ter preço nas “alturas”

Devido a redução do volume de produção

Laryssa Maier
Capital News

Leandro Santos Lobo/Embrapa

Embrapa cria tomates mais nutritivos e com maior produtividade

 

No Brasil são consumidos aproximadamente 4 milhões de toneladas de tomate, em média, cada habitante consome 4,2 kg do fruto por ano. Como se trata de um fruto com vida útil relativamente curta, o tomate enfrenta um risco constante, que assombra os cerca de 50 mil produtores e os 212 milhões de consumidores, como doenças e insetos os quais podem causar a devastação total das plantações.

 

De acordo com Julio Borges, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal  "A redução séria da produção de tomate causaria não apenas falta desse alimento importante, mas prejuízos econômicos para o país – a atividade movimenta R$ 5,7 bilhões por ano. Além disso, levaria o Brasil a buscar o produto no mercado externo, tendo de importar para atender a necessidade de consumo interno. Num cenário de dólar alto, seria uma catástrofe, com aumento expressivo dos preços para os consumidores", explica (Sindiveg).

 

E essa elevação de preços do tomate, salienta Julio Borges, não seria apenas para a compra do tomate in natura, mas também no custo de produção industrial de derivados, como molhos, sucos e ketchup. "Com a alta generalizada, todos os produtos que levam tomate enfrentariam disparada de preço. Estamos falando até da pizza, dos lanches e da tradicional macarronada dos domingos."

 

De acordo com a assessoria, Julio Borges explica que todas soluções de combate a pragas e doenças na agricultura registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ibama e Anvisa são testadas cientificamente e submetidas a um longo e rigoroso processo de avaliação, ao longo de alguns anos, antes de ter autorização para comercialização. "Esse cuidado extremo garante o benefício desses insumos para quem planta, para quem comercializa e para quem consome. O setor de defesa vegetal dá, assim, sua contribuição para a sustentabilidade da produção de alimentos no país".

 

Segundo o IBGE, pouco mais da metade da produção brasileira de tomate está concentrada em dois estados: Goiás (29% e 1,1 milhão de toneladas) e São Paulo (23% e 918 mil toneladas). Minas Gerais participa com 13% do total: cerca de 550 mil toneladas. Há ainda significativa produção na Bahia (6%) e no Paraná (5,9%), que superam as 200 mil toneladas por ano. Espírito Santo (4,2%), Santa Catarina (4,1%), Ceará (4%), Rio de Janeiro (3,6%) e Rio Grande do Sul (2,7%) ficam acima de 100 mil toneladas ao ano.  

 

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