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Rural Sábado, 03 de Janeiro de 2009, 08:34 - A | A

Sábado, 03 de Janeiro de 2009, 08h:34 - A | A

Para consultor, fase é a mais difícil da pecuária Brasileira

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Apesar das vantagens da atividade de cria, principalmente em momentos de cotação de bezerros em alta, analistas acreditam que nem todo pecuarista deve adotar o sistema. "É preciso avaliar cada propriedade. A cria é uma atividade delicada e de menor rentabilidade dentro da pecuária, porque há um limite fisiológico: cada fêmea só tem um bezerro por ano", pondera a analista Maria Gabriela, da Scot Consultoria.

Do ponto de vista técnico, avalia o agrônomo José Vicente Ferraz, da AgraFNP, a fase de cria é a mais difícil da pecuária. "Normalmente o sistema operacional é mais complicado comparado ao de recria e engorda. Essa fase exige mais mão-de-obra para controlar as fêmeas, trabalhar os bezerros", destaca Ferraz. Além disso, ele lembra que a atividade de cria só tem liquidez na desmama do bezerro.

Para o professor da Esalq/USP e pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), Sergio de Zen, a atividade de cria é indicada para áreas onde não há grandes condições de se desenvolver outras atividades. "A atividade de cria está muito atrelada à qualidade do solo. É uma atividade de fronteira agrícola", acredita.

Para o pecuarista que faz o ciclo todo, o fluxo de caixa é mais lento, porque a propriedade precisa acumular volume e estoque. "Por outro lado, esse pecuarista tem mais opções de mercado: pode vender a vaca, o bezerro, o garrote, o boi magro ou o boi gordo." (Com informações do Estadão)

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