Com o objetivo de chegar a 1 milhão de hectares de floresta plantada em 2020, os produtores sul-mato-grossenses do setor da silvicultura vivem a realidade de desafios a serem superados e na esperança de incentivos por parte dos governos estadual e federal.
Para o diretor-executivo da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore MS), Dito Mário, o setor precisa diminuir os custos de produção e buscar soluções para os problemas de logística.
“A dificuldade é muito grande. Temos que melhorar a competitividade e criar uma nova maneira de olhar o setor. Precisamos trazer a tecnologia de precisão para o setor e fazer com que o serviço seja eficiente”, afirma.
A cobrança pode parecer grande, mas as reclamações do setor vão desde os altos custos da mão-de-obra, insumos e tributação até a dificuldade em escoar a produção.
A principal rota de ligação das regiões produtoras a Três Lagoas, receptora de 60% da madeira plantada no Estado, é a BR-262. O problema enfrentado pelos produtores é uma norma do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) e o Governo do Estado que limitou o tráfego em 3 a 4 caminhões de madeira por hora na rodovia.
Para o presidente da Reflore, Junior Ramires, a ação faz com que os produtores tenham as perspectivas de expansão freadas. “A rodovia é o principal eixo de escoamento da produção no Estado. Já tivemos conversas com o Governo e esperamos que alguma atitude nos ajude para resolver essa questão”, conta.
Produção
Atualmente o Estado possui 612 mil hectares de floresta plantada. O número equivale a 1,7% de todo o território de Mato Grosso do Sul.
O diretor-executivo da associação afirma ainda que para o cenário do setor continuar no crescimento projetado com a vinda de grandes indústrias, principalmente a de celulose em Três Lagoas, o Estado precisa ajudar.
“Temos condições de ter grandes oportunidades, mas precisamos de investimentos e um olhar maior. Temos que equacionar esses gargalos”, completa Mário.