Os problemas que assolam a Petrobras chegaram até Três Lagoas, e a empresa rescindiu contrato com o Consórcio responsável pela construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III – UFN III depois de longos questionamentos dos dois lados. O contrato havia sido firmado pela Petrobras com o Consórcio UFN3, formado pelas empresas Sinopec e Galvão Engenharia.
O consórcio cobrava o pagamento de aditivos, mas a petroleira não reconhecia os custos apresentados, afetando os trabalhadores que há meses tentam receber parte de seus direitos trabalhistas não pagos. A Petrobrás “ressalta que está em dia com todos os pagamentos e compromissos previstos no contrato”, e que a questão gera um efeito em cadeia, e afirma que “está atenta às consequências da inadimplência do Consórcio UFN3 com trabalhadores e fornecedores e está tomando todas as medidas ao seu alcance para que o consórcio cumpra com suas obrigações legais”.
Boa parte dos 5,3 mil trabalhadores demitidos busca formas de receber seus direitos. Segundo a estatal, as obras de construção da UFN III encontram-se 82% concluídas, porém não há um novo prazo para que a planta seja concluída. De início a fábrica de fertilizantes deveria entrar em operação em setembro deste ano, mas agora não há um novo prazo. Fábrica de fertilizantes de Três Lagoas vai produzir anualmente 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil de toneladas de amônia, atendendo preferencialmente os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Paraná.