Apicultores de Mato Grosso do Sul receberam em janeiro deste ano 36% a mais pelo quilo do mel se comparado ao mesmo período em 2020. A valorização se deve ao aumento no consumo de mel e na alta do dólar registrada nos últimos 12 meses.
A supervisora de campo da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Apicultura do Senar MS, Gabriela Puhl, afirma que um dos fatores que contribuíram para esse aumento é a pandemia da Covid-19 . “Com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas passaram a consumir alimentos mais saudáveis. Com essa demanda maior, em conjunto com a alta do dólar, houve uma valorização no quilo do mel pago ao produtor”, explica a supervisora via assessoria. Puhl reforça que as perspectivas para 2021 são positivas. “Os produtores atendidos pela ATeG ficaram muito satisfeitos com esse cenário, visto que conseguiram comercializar o produto com valor superior comparado ao praticado em 2019, por exemplo. Isso motiva uma expansão da atividade com novos investimentos na propriedade e na produção de mel. Até este mês de março, os produtores estão em colheita na maior parte do estado e têm demonstrado empolgação com os resultados no campo e na comercialização”.
Conforme o levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em janeiro de 2021 o quilo do mel era comercializado por produtores rurais do estado a R$ 10,53. No mesmo período do ano passado o valor do quilo custava R$ 7,71.
A ATeG em Apicultura do Senar MS atende hoje 191 propriedades em 27 municípios. Somente esses apicultores atendidos pela instituição produziram 49,3 mil quilos de mel no ano de 2020. Segundo a assessoria Mato Grosso do Sul é o 10º estado no ranking nacional de produção de mel. Dados do IBGE, mostram que em 2019 foram produzidos 973,6 mil quilos no estado, representando uma alta de 36% comparado a produção de 2018. Os números da safra do estado e do Brasil em 2020 ainda não foram divulgados.