Divulgação/Sistema Famasul
![Produção de carne bovina ultrapassa 800 mil toneladas em MS](https://cdn.capitalnews.com.br/storage/webdisco/2018/01/23/660x420/033f65ebaf14b838721f597aa6e8c420.jpg)
Produção apresenta crescimento de quase 4% se comparado ao período anterior
A produção de carne bovina em Mato Grosso do Sul totalizou 813 mil toneladas em 2017. A informação consolidada foi divulgada pela Unidade Técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, na nova edição do boletim Casa Rural, publicada nesta segunda-feira (22). De acordo com o levantamento, a produção apresenta crescimento de quase 4% se comparado ao período anterior, quando foram produzidas 784 mil toneladas.
“O resultado revela que, apesar de 2017 ter sido um ano de muitos obstáculos ao setor pecuário, o segmento conseguiu finalizar com um volume de carne produzida superior a 2016, colocando no mercado quase 30 mil toneladas a mais entre um ano e outro”, destaca o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito.
Apenas em dezembro, a produção alcançou 80 mil toneladas. Foi o maior volume verificado desde 2014, para um mês de dezembro.
Relação de troca
De acordo com o boletim Casa Rural, o produtor rural de Mato Grosso do Sul conseguiu adquirir 2 bezerros com a venda do boi gordo em 2017. A relação de troca divulgada é 5,26% superior ao fechamento de 2016, quando na venda do boi gordo resultava na aquisição de 1,90 bezerros.
Para Eliamar Oliveira, analista econômica do Sistema Famasul, o resultado nos dois indicadores, tanto de produção como de relação de troca, tem uma explicação: “Até 2016, a pecuária estava no período denominado ‘ciclo de alta’, ou seja, um momento em que os preços da arroba estavam em ascensão estimulando o invernista [produtor de recria e engorda] a investir, com a aquisição de animais de reposição. Este fato elevou o preço do bezerro tornando atrativo ao produtor rural reter fêmeas no pasto”.
Já em 2017, conforme a analista, o cenário inverteu. “Considerando a maior disponibilidade de bezerros no mercado e os preços em queda, houve aumento na participação de fêmeas no abate e, com isso, um aumento de volume de carne produzida. O que consideramos ter sido uma relação de troca equilibrada”, complementa Eliamar.