Além dos eucaliptos, as seringueiras despontam como uma atividade econômica com grande capacidade de expansão, rendimento e geração de emprego. Mato Grosso do Sul começou a produzir látex em quantidade animadora e estratégias têm sido desenvolvidas para estruturar o setor florestal, que já é uma potência.
Para garantir o andamento da atividade, o Sindicato Rural de Aparecida do Taboado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) têm oferecido cursos de capacitação sobre a extração do látex, com cerca de 30 vagas por mês.
De acordo com dados do Sindicato Rural de Aparecida do Taboado. O Estado tem mais de 11 milhões de seringueiras plantadas em 21 mil hectares. Considerando que cada árvore custa R$ 60, MS tem uma floresta avaliada em R$ 660 milhões.
O município de Cassilândia detém 67,29% do setor no Estado, com 7,4 milhões de árvores e 13 mil hectares. Aparecida do Taboado aparece em segundo no ranking dos municípios com 16,43% de participação e 1,8 milhões de árvores em 3,8 mil hectares. Inocência tem 4,2% da produção estadual, com 474 mil árvores.
Hoje a produção corresponde a 7% do látex do País, mas pode chegar a 12% nos próximos meses, durante o período e produção.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Aparecida do Taboado, Eduardo Antônio Sanches, o setor deve alcançar 2 milhões de árvores, com faturamento mensal podendo chegar a R$ 5 milhões e gerando 2,5 mil empregos diretos somente no município.
Além de gerar emprego, a atividade é rentável às famílias, já que o trabalhador atua em parceria com o produtor. Nos dois primeiros anos o funcionário recebe 50% da sangria das seringueiras e o percentual reduz para 30% com o passar dos anos. O salário por casal pode chegar a R$ 4 mil.
Visita
No dia 1° de dezembro, o secretário da pasta, Jaime Verruck, acompanhado da equipe técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), visitou uma plantação de seringueiras de Aparecida do Taboado em produção.
Durante a visita o secretário conversou com trabalhadores e viu de perto como funciona a extração do látex. A estimativa é de que uma única pessoa consiga “sangrar” de 2 mil a 2,5 mil árvores.
“O setor de seringueiras está ganhando espaço e ainda tem muito a crescer no Mato Grosso do Sul, que já tem uma economia florestal consolidada. Por ser rentável, gerar emprego e aumentar as divisas, o Governo tem se empenhado em apoiar essa nova fonte de desenvolvimento”, afirma o secretário.