Mesmo com a alta no custo de produção para a suinocultura em Mato Grosso do Sul, a relação de troca entre animal vivo e o milho apresentou recuperação de 1,9% no mês de abril. Cada um quilo de suíno vivo possibilitou a compra do equivalente a 6,8 quilos do cereal, enquanto no mês de março era de 6,6 quilos.
A recuperação de abril foi resultado de uma queda mais acentuada no preço do milho frente ao preço do suíno, já que ambos caíram.
“Para os próximos meses, a expectativa é que a melhora na relação de compra seja gradual e continue respaldada pela valorização do suíno, a partir da melhora do consumo doméstico potencializado pela demanda externa aquecida”, explica a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira.
O poder de compra está em patamares abaixo dos registrados em 2019. O principal motivo para essa condição é a valorização mais expressiva nos insumos, que impacta na relação de troca. Em abril de 2020, o preço do farelo de soja foi 47,6% superior ao igual período de 2019. Já o de milho registrou valorização ainda maior, 61,2%.
“Diante desse cenário, não se pode gerar expectativas de que a relação de troca em 2020 supere os patamares de 2019”, acrescenta.