O novo terminal rodoviário da Capital, que fica na avenida Gury Marques, na saída para São Paulo, foi inaugurado na noite desta quarta-feira, 7l pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB). Com críticas ao termianl Heitor Laburu, a agora antiga estação, o chefe do Executivo Municipal disse, em seu discruso, que as fortes chuvas que caíram sob a cidade nos últimos dias foram para “lavar a alma do campo-grandense”, referindo-se ao desejo da população de ver esta obra concluída. A nova rodoviária deve entrar em funcionamento em novembro ou dezembro.
O terminal Senador Antônio Mendes Canale possui 99 mil m² total de terreno e 6,2 mil m² de área construída. São vinte plataformas de embarque e cinco de desembarque (na antiga, eram dez), 28 bilheterias, vinte pontos comerciais (que vão abrigar farmácia, caixas eletrônicos, restaurante e lanchonete e lojas diversas). Devem atuar ali, 25 empresas.
A média estimada de passageiros, segundo a CTRCG (Concessinária do Terminal Rodoviário de Campo Grande) é de 2,7 mil passageiros por dia e 83 mil por mês. Existem 300 vagas para estacionamento de carros, 105 vagas para motos, 63 para táxis e 40 para moto-táxis. Para
Antônio Mendes Canale Filho, que representou a família do ex-senador e ex-prefeito de Campo Grande por duas vezes, “os descendentes de Canale estão muito felizes” com a homenagem recebida.
Conforme Nelsinho, a nova rodoviária deve atender a sociedade campo-grandense nos próximos 50 anos a contento.
De acordo com Roberto Faria, diretor de operações da Socicam (empresa responsável pelo gerenciamento do terminal rodoviário), foram R$ 13 milhões investidos e a nova rodoviária deve começar a entrar em funcionamento em 1º de novembro. “Estamos nos preparando para isso, mas, se por algum motivo, a Prefeitura determinar que devemos postergar essa data, também estamos preparados.”
Nelsinho disse que, como demorou tanto tempo para ficar pronta, é preciso que “seja inaugurada com excelência”, portanto, dando a entender que, caso não haja possibilidade de funcionamento a 100% em novembro, o dia de inauguração real deve ficar para dezembro.
O prazo dado pelo diretor da Agência Municipal de Regulação, Marcelo Vargas, é de 60 dias. “Até lá, vamos fazer a instalação e os testes dos equipamentos.”
Roberto Faria continua o assunto sobre a nova rodoviária, informando que ela “é uma obra fantástica [feita por arquitetos campo-grandenses, contratados pela Prefeitura, Zuleide Iga e Marcelo Silva]. Estamos, agora, com telões de informação, com muito mais segurança e comodidade para o viajante. As plataformas são de uma forma muito mais moderna e usual, que é num ãngulo de 45º”. Em comparação com outros terminais de cidades do porte de Campo Grande, Faria cita que o novo terminal de Campinas (SP) é muito parecido com o daqui, além do de Recife (PE) e Fortaleza (CE).
A Socicam possui autorização de gerenciamento de 42 rodoviárias, sendo uma delas a maior do Brasil, o terminal do Tietê (São Paulo – SP), por onde passam diariamente cerca de 60 mil pessoas.
Evento contou com presença do prefeito, do governador e diversos parlamentares municipais, estaduais e federal
Foto: Deurico/Capital News
Velha rodoviária
Tanto Nelsinho Trad quanto o governador André Puccinelli (PMDB) citaram as antigas pendências com relação à implantação da nova rodoviária. Ela surgiu ainda nas gestões de Lúdio Coelho, há mais de vinte anos.
A Heitor Laburu foi construída em 1974 e a localização era ruim, com o tempo, os ônibus de viagem (veículos pesados) começaram a trafegar pelo centro da cidade, atrapalhando o trânsito, segundo Nelsinho.
Depois, vários prefeitos e até o ex-governador Pedro Pedrossian tentaram fazer um novo estabelecimento. Foi construído um prédio às margens da avenida Ernesto Geisel, no bairro Itamaracá. Todavia, o local foi abandonado. Agora, o governo do Estado cedeu a obra e terreno à Prefeitura, que fará lá um Centro de Artes.
Quanto aos antigos comerciantes da velha rodoviária, o vice-prefeito Edil Albuquerque (PMDB) é o incumbido pelo diálogo e revitalização do local. Eles não serão abandonados”, enfatiza Nelsinho.
Por: Marcelo Eduardo - (www.capitalnews.com.br)
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