O prefeito Gilmar Olarte (PP) foi entrevistado nesta manhã de terça-feira (4) no programa Tribuna Livre, da FM Capital 95, e falou sobre a greve dos professores, que decidiram a iniciar na quinta-feira (6). “São seis mil professores, e existem muitas correntes políticas; a maioria, 70%, não quer entrar em greve”, garantiu.
Olarte defendeu a postura da Prefeitura de Campo Grande, que possibilita aos trabalhadores da Educação da Rede Municipal de Ensino (Reme) trabalhem somente 20 horas semanais. “Nas outras cidades, o volume de trabalho chega a 30, 40 horas semanais.”
Sobre o aumento, garantiu que este será efetivado, mesmo tendo o dispêndio de mais “R$ 18 milhões”, já que se acumularão três meses de trabalho, mais férias de 13º salário.
O outro lado
Na segunda-feira, os professores da Reme decidiram, em assembleia, paralisar as aulas a partir da quinta-feira. Ocorreu na sede da Associação Campo-Grandense de Profissionais da Educação Pública (ACP), e a maioria não aceitou a proposta do prefeito, oferecida no domingo, do pagamento integral do reajuste de 8,46% a ser feito até o dia 30 de novembro.
De acordo com o presidente do sindicato, Geraldo Gonçalves, a categoria considerou infundados os argumentos do chefe do Executivo. “Nós aprovamos o indicativo de greve pela proposta do prefeito ser muito vaga e pouco segura. Por isso vamos entrar em greve a partir do dia 6 de novembro. Nós queremos apenas o cumprimento da lei”, destacou o presidente.
Secretariado e déficit
Quanto às mudanças no secretariado da Prefeitura, o governante admite que “há possibilidades de mudanças” daqui a “dez, 15 dias”.
Ao terminar a rápida entrevista, o prefeito falou que até meados de dezembro o déficit de mais de R$ 300 milhões, cujo tomou conhecimento ao iniciar sua administração, estará equilibrado. “A crise estará superada em todas as áreas.”