Durante a coletiva realizada nesta quinta-feira (25), no período da manhã, na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Kátia Abreu, senadora e também presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) explicou sobre alguns assuntos questionados.
Um dos temas abordados foi o Projeto Biomas, uma parceria com a Embrapa que vem trazer para o Brasil e para o mundo um modelo extraordinário. “Estamos investindo 20 milhões nesse projeto, estamos levando ele para Copa 16 no México, para que a unidade de produção do Brasil seja sustentável não somente da boca para fora”, explica.
Vamos fazer um evento que precisa mostrar para o Brasil, que é o maior consumidor de carne, que além de segura e saborosa nossa carne também é confiável. “De 100% da carne que é produzida no Brasil, 80% é consumida aqui, portanto, nosso consumidor classe “A” são os brasileiros.”, informa Kátia ao ressaltar que o seminário será uma oportunidade para os pecuaristas do Brasil mostrarem o que está sendo feito.
Na questão ambiental, o ponto destacado foi em relação à emissão do metano, que é tido pelas entidades ambientalistas como um dos componentes da emissão do CO2, e também os efeitos do seqüestro de carbono. “Não queremos negar essa situação, vamos trazer o tema para a realidade, não vamos aceitar números artificiais apenas para condenar as pessoas, queremos a verdade, não queremos a pecuária analisada isoladamente, queremos o balanço total da agropecuária brasileira que é infinitamente positiva. Se emitimos metano na atmosfera, seqüestramos quando plantamos. Tudo que se planta só cresce com fotossíntese, e fotossíntese só se faz seqüestrando CO2, portanto, quanto mais se planta, mais sequestramos CO2”, afirmou.
O futuro do agricultor é um dos principais tópicos a serem abordados. “Primeiramente temos que saber quem são, onde estão, quantos são e porque estão nessa condição. Após encontramos o diagnostico vamos construir alternativas para que essas classes de produtores possam ser sustentáveis financeiramente. Vamos desenvolver planos de negócios para esses agricultores”.
"Nós temos uma discrepância no nordeste onde existe um número maior de pessoas fragilizadas no ponto de vista econômico. Seca, escolaridade, analfabetismo no campo está muito elevado".
A região centro-oeste é responsável por metade da produção do País, porém, os problemas da região são de 80%. “Aqui temos um número menor de pequenas propriedades. De um milhão e meio dos agricultores que ficaram sem renda, boa parte está no centro-oeste brasileiro devido ao endividamento no ano de 2006 que vem sendo arrastada desde 2003. Os motivos são diversos, tais como a logística que precisa melhorar cada vez mais e o dólar”, diz Kátia.
Deputado Estadual Zé Teixeira (DEM), Presidente da Famasul, Eduardo Riedel, Kátia Abreu (CNA), Ademar da Silva Junior (CNA) e a Secretária Tereza Cristina (Seprotur)
Foto: Deurico/Capital News
Por Valquíria Oriqui - Capital News
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