A tônica do pensamento ou discursos de agentes que são de fora do Mato Grosso do Sul no Congresso Internacional da Carne que acontece em Campo Grande é que o Estado necessita de buscar e investir em mercados internacionais.
O ex-ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, hoje representante do comitê executivo da IMS, no Congresso, afirmou que o Brasil e principalmente o agronegócio de Mato Grosso do Sul, precisa investir no mercado internacional e ir fazer base nas terras estrangeiras.
“Como a exemplo da indústria automobilística que veio de fora e se instalou no Brasil, precisamos investir nos países com mercados futuros, como os Oriente Médio. Colocar nossos produtos no local e não somente exportar uma parte que não gera todos os dividendos”, afirmou.
Pratini explicou que a exportação não gera todo o valor e que no local se pode ampliar ou faturar os produtos com insumos em abundancia levados do nosso país. Ele disse que com as exportações não se entra por exemplo com a carne no Japão, mas uma industria brasileira instalada na Austrália leva os ‘mesmos produtos’.
“Temos que colocar o produto no local e ir lógico respeitando regras do país, mas passamos a ter um controle com nossos produtos e sistema de produzir”, explicou.
Sem paixões regionais
Para o ex-ministro investir em outros países não significa deixar de gerar renda e empregos no campo nacional. Mas sim até gerar outros dividendos trazidos com recursos ou tempo gastos nos países estrangeiros, como fazem em território brasileiro.
“Investir no exterior não é dar emprego lá fora. Temos que pensar no que podemos trazer de volta e ampliar o que temos aqui. Há muito mercado e grandes áreas como nos países árabes”, lembrou o ex-ministro.
O Brasil tem duas coisas raras no mundo, que é ainda e durante um bom tempo, o poder de aumentar o estoque do rebanho, pois tem espaço para abrigar os animais e como conseqüência também aumentar a produtividade.
Por Lúcio Borges - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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