A Petrobras anunciou a construção de sua fábrica de fertilizantes em Três Lagoas (cidade dos leste do Estado, distante 334 quilômetros da Capital). Nesta semana, a empresa encaminhou ofício à Prefeitura, em 8 de dezembro, confirmando o interesse na cidade.
A prefeita Simone Tebet disse ao Capital News, via celular, revelou que representantes da Petrobras já visitaram, não oficialmente, a cidade por cinco vezes este ano. Ainda conforme Simone, o conteúdo do ofício era de que, se a fábrica viesse ao Estado, Três Lagoas seria a cidade a recebê-la. Agora, o único impasse, segundo ela, é com relação ao local dentro do município onde a indústria será edificada. “Na segunda-feira, eles [técnicos da multinacional] vêm para verificar isso, acredito.”
Com a nova fábrica, o Brasil deve tornar-se autosuficiente na produção de fertilizantes. A previsão de investimentos é de US$ 2 bilhões.
Simone evita colocar a ida da empresa para Três Lagoas como motivo de embaraço entre o município e a Capital – que também pleiteava o empreendimento. “Tenho uma visão. E isso está bem claro para mim. Este não é um projeto de Três Lagoas. É, acima de tudo, um projeto do Brasil. Isso vai fazer – lógico, estou vislumbrando talvez coisas para um futuro de cinco ou mais anos – com que o Brasil seja autosuficiente para produzir alimentos. Ao escolher Mato Grosso do Sul, a empresa está engrandecendo o Estado. Apenas três estados receberão tal estrutura e Mato Grosso do Sul é um deles. Mato Grosso do Sul, como Estado que ainda tem, eminentemente, cuja sua economia é baseada no agronegócio (pecuária e produção de grãos), agora, Mato Grosso do Sul ganharia grande destaque nacional.”
Ela continua: “Eu disse que Três Lagoas não ia brigar pela fábrica. E disse com sinceridade. Sinceramente, estávamos preocupados que este impasse pudesse afugentar a fábrica de Mato Grosso do Sul. E isso não seria ruim para Três Lagoas, mas para todo o Estado.”
Local
Segundo Simone, os técnicos lhe disseram que três itens são primordiais para a instalação da fábrica: estar próxima ao rio Paraná, próxima às tubulações de gás vindo da Bolívia e do novo contorno ferroviário [a ser construído na cidade com recursos do programa de obras MS Forte, do governo do Estado], “para que eles tenham acesso a um terminal lá”, diz.
A expectativa da prefeita é de que a partir do segundo semestre de 2010 as obras tenham início. “Eles vão precisar de um certo tempo para conseguirem a licença ambiental.” Depois, estima-se que em três anos após o começar das obras a fábrica esteja em pleno funcionamento. “Eu, pessoalmente, estarei 100% à disposição da Petrobras”, enfatiza Simone Tebet.
Três Lagoas já possui uma fábrica das multinacionais VCP (Votorantin Celulose e Papel) e International Paper, duas gigantes mundiais no setor de produção de papel.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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