No início da tarde desta quarta-feira (30), vereadores da Capital, junto à imprensa local, marcaram presença na Santa Casa de Campo Grande para acompanhar a visitação dos parlamentares ao Hospital.
Em reunião, o vereador Athayde Nery, falou da necessidade da recuperação dos investimentos. "Sabemos que a Santa Casa está individada, se não fizermos algo agora vamos entrar no colapso da saúde", destacou o parlamentar.
A reunião aconteceu às portas fechadas nas dependências da Santa Casa. Em seguida, vereadores e demais presentes andaram pelas dependências do Hospital para averiguar a situação.
O vereador Dr. Jamal, disse que o problema é crônico. "Está na hora de sentar e resolver de vez e esclarecer para a população onde está a falha. Me coloco como paciente, mas jogam todam culpa nos médicos e na Santa Casa", desabafa.
O presidente da junta Administrativa da Santa Casa, Jorge Martins, disse que a reunião seria curta, porém precisa. “É importante que os vereadores visitem as dependências do local para conhecer de perto a situação. A preocupação não é de hoje”, destacou o presidente.
O presidente da junta Administrativa da Santa Casa, Jorge Martins, disse que "a reunião seria curta, porém precisa"
Foto: Deurico/Capital News
O vereador e médico Dr. Loester, após reunião, afirmou que o discurso do presidente Dr. Jorge Martins, era a mais pura verdade. “Trabalho há 37 anos, minha medicina foi feita aqui dentro. Ou aumenta o dinheiro ou reduz os atendimentos”, disse o médico ao destacar a importância da mídia no momento.
Os integrantes da comissão visitaram mais de quatro andares do Hospital, passando pelas alas Verde, Amarela, Vermelha, UTI Neonatal, Pronto Socorro Infantil, ProntoMed, Centro Cirúrgico, CTI e UTI Coronariana, além de outros setores. Os vereadores constataram in loco as dificuldades e deficiências da Santa Casa, que vive hoje em situação emergencial, devido a falta de recursos.
Vereadores caminham pelos corredores da Santa Casa e Siuffi conversa com paciente
Foto: Deurico/Capital News
Crise
As condições de trabalho no maior Hospital de Mato Grosso do Sul são críticas. Uma câmera escondida flagrou pacientes em estado grave recebendo atendimentos precários.
Pacientes internados à espera de cirurgia ficam nos corredores do Hospital por tempo indeterminado. Há seis anos, a Santa Casa de Campo Grande é administrada por uma junta interventora formada por integrantes do governo estadual e municipal. A medida foi necessária por causa de uma dívida de R$ 37 milhões com fornecedores. A diretoria do hospital confirma as denúncias e diz que não há dinheiro e estrutura física para atender a demanda.
Por Valquíria Oriqui - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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