O medo da gripe suína, também conhecida como Nova Gripe, parece que realmente assustou os campo-grandenses. Isso pode ser comprovado pela equipe do Capital News no desfile cívico em comemoração aos 110 anos da cidade. Sobravam lugares nas arquibancadas e nas calçadas, diferentemente do que acontecia nos anos passados, quando as pessoas disputam o espaço para assistir ao evento.
O casal de namorados Giuliano Roberto, 21 anos, e Regiane Kosloy, 18, disseram que sempre acompanham os desfiles e perceberam que este ano o público está bem reduzido. “Desfilamos há dois anos e este ano tem menos pessoas. Acreditamos que seja por causa do medo da gripe suína, pois as pessoas estão assustadas”, comenta.
Apesar do público menor, o casal vê um ponto positivo este ano. “O desfile está mais diversificado que os anteriores. Acho que foi muito boa a decisão de manter o desfile, porque ele é importante para manter vivo o amor pela cidade”, finalizam.
As vendedoras Cristiane Motta, 31, e Agda Rodrigues, 22, aproveitaram a pouca movimentação no comércio onde trabalham para dar uma “espiadinha” no desfile. “Não tem movimento na loja. Realmente o público está menor este ano. Acreditamos que seja por causa da gripe, mas é importante que o desfile aconteça mesmo assim para manter a tradição. Com certeza isso aumenta o sentido do amor pela cidade”, finalizam.
Mas parece que o medo da gripe suína não assusta todo mundo. O aposentado João Crizel, 90 anos, disse que há 38 anos acompanha o desfile cívico de Campo Grande. “O desfile de hoje está sendo o melhor de todos. Essa gripe é para fraco. Enquanto estiver vivo foi assistir aos desfiles”, salienta.
Já o aposentado Ghassen Yari, 81, já se preveniu e foi ao desfile usando máscara. Nascido na Pérsia, ele reside em Campo Grande há 30 anos. “Nós da Pérsia somos muito disciplinados. Se o governo orienta algo, a gente obedece.
O desfile contou com a presença do secretário estadual de habitação, Carlos Marun, vestido de bombacha e com a camisa do time do seu coração, o Internacional de POrto Alegre, também chamado de "Campeão de Tudo".
Por Alessandro Perin, Marcelo Eduardo e Reginaldo Rizzo (www.capitalnews.com.br)