O governador André Puccinelli (PMDB) disse que questão de segurança em postos de saúde da Capital é “competência do prefeito Nelsinho”. A afirmação foi deflagrada durante evento na manhã desta quinta-feira (28), na Governadoria.
Ontem, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, recebeu Nelsinho e o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Eles foram pedir que a Polícia Militar (PM) aumente o efetivo e coloque pessoal nas UPAs. Segundo Nelsinho e Mandetta, existe portaria do Ministério da Saúde que obriga tal medida. Inclusive, nas unidades, existem salas destinadas para isso, mas estão desocupadas.
Após a reunião (a portas fechadas), Jacini disse que não existe possibilidade de aumentar o efetivo e colocar equipes nas UPAs. Nelsinho saiu antes do término do encontro e não quis falar com a imprensa.
Todavia, ficou decidido que os administradores das UPAs terão acesso direto aos celulares dos comandantes de Batalhões da PM mais próximos. Assim que se solicitasse socorro, ele deveria ser enviado.
Entenda a preocupação
Na quinta passada (21), pacientes intolerantes com a demora para serem atendidos invadiram salas de médicos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida e quase agrediram fisicamente profissionais que estavam de serviço.
Conforme apurou o Capital News (veja notícias relacionadas) a segurança no local era feita por apenas um guarda municipal, sem uniforme inclusive.
Ao Capital News, guarda que estava de trabalho no momento disse que não consegue controlar os pacientes quando a ansiedade se transforma em agressividade. Alguns guardas relataram ter medo.
A invasão foi por volta das 22h, e a Polícia Militar (PM) só foi tomar providências e chegar ao local uma hora depois, segundo apurou nossa reportagem.
O fato fez Nelsinho e Mandetta irem à sede Sejusp.
Pressionado por médicos há certo tempo – que reclamam de más condições de trabalho e falta de profissionais –, Nelsinho condicionou a contratação de mais pessoal para o setor de Saúde à confirmação de mais segurança por parte do governo do Estado.
Mas, André, por sua vez, jogou o problema para ele. Ontem, Jacini já havia dito: “Estou tomando conhecimento [da obrigatoriedade feita pelo Ministério da Saúde] agora. Mas eu estou recebendo a missão sem os meios. O Ministério [Saúde] não pode me passar algo em que o governo federal não tenha repassado recursos. A Prefeitura também não enviou a Sejusp um ofício sobre a segurança no local."
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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