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Cotidiano Segunda-feira, 08 de Março de 2010, 10:02 - A | A

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Mulheres do MST lotam frente do Incra para reivindicar facilidade ao crédito e educação

Nadia Nadalon -estagiária e Marcelo Eduardo - Capital News

Cerca de 250 mulheres e 24 crianças do Movimento dos Sem-Terra (MST), acampadas e assentadas em todo o Estado, fazem na manhã desta segunda-feira (8), Dia das Mulheres, reivindicações em frente da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Avenida Afonso Pena, centro da Capital.

Entre as reivindicações do Movimento Nacional, estão questões da documentação, liberação de crédito e educação. A coordenadora do setor de Educação de MST-MS, Laura dos Santos, explica que dentro dos assentamentos as mulheres produzem muitas coisas em oficinas, como alimentos, artesanato, mas fica difícil a comercialização pela falta da documentação.

Segundo ela, é preciso que o Governo Federal e Estadual intervenha na diminuição da burocracia, para que a campanha de documentação da mulher acampada se fortaleça e fique mais fácil conseguir o CNPJ.

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Laura dos Santos, diz que governo tem que pensar em políticas públicas que deem condições para o camponês continuar na zona rural
Foto: Deurico/Capital News

Além disso, as mulheres do MST reclamam da dificuldade de conseguir crédito. “Hoje em dia, o governo do Estado e Federal dão crédito para o agronegócio, que quer primeiro o lucro, e depois pensar no ser humano. O que o governo deveria fazer é fixar o homem no campo”, critica a coordenadora.

Laura explica que as reivindicações não são uma luta só das mulheres, mas de todo o Movimento, pois de acordo com ela estão “criminalizando o MST”.

Educação

As mulheres reclamam ainda, da qualidade da educação dos assentamentos e acampamentos. A coordenadora destaca que as prefeituras deviam investir em cursos técnicos no campo.

“Na cidade tem muita violência e nós não queremos isso para os nossos filhos. Agente quer criar eles no campo”, diz, se referindo a vinda de muitas famílias para a cidade, em busca de estudo.
O movimento vai continuar durante toda a manhã. A Polícia Militar acompanha as mulheres para garantir a segurança durante do o trajeto, que começou no bairro Coophavilla 2.

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Segundo organizadora da manifestação, cerca de 250 mulheres e 54 crianças estiveram na passeata
Foto: Deurico/Capital News


Por: Nadia Nadalon-estagiária e Marcelo Eduardo (www.capitalnews.com.br)

 

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