Eleito deputado estadual com 20.604 (1,59%) votos, o vereador de Campo Grande, Cabo Almi, também fala em renovação na Assembleia Legislativa, envolta em escândalos após gravações com o parlamentar Ary Rigo (PSDB) – que não foi reeleito – citar suposto esquema de desvio de dinheiro público envolvendo os três poderes.
“Vou ajudar a mudar com meu princípio de ética e moralidade e de família. Vou dizer sim para o que eu posso e dizer não para o que eu não posso. Se tiver alguma coisa que vá contra aquilo que acredito digo não, se for para melhorar para a população, digo sim.”
Ele comentou sobre o assunto na sessão da Câmara desta terça-feira (5).
Eleito, Cabo Almi diz que Assembleia precisa de parlamentares agindo com ética
Foto: Deurico/Capital News
O presidente da Casa, Paulo Siufi (PMDB), comentou sobre os escândalos e sobre a atuação na campanha dos vereadores que disputaram o pleito.
“Seis deputados estaduais perderam seus mandatos e dois vereadores de Campo Grande entraram [Alcides Bernal (PP) e Cabo Almi (PT)]. Um ficou de primeiro suplente [Lidio Lopes (PP)] de uma chapa bastante disputada. Outros tiveram bons votos em Campo Grande. O vereador Alcides Bernal foi eleito por Campo Grande. O vereador Cabo Almi foi eleito por Campo Grande. Isto mostra que a Câmara sai fortalecida. Ninguém perdeu. Os que não foram eleitos conseguiram votos suficientes que, com certeza, os credenciam para um novo mandato aqui”, comentou Siufi em seu discurso.
O vereador citou acusações que, segundo ele, estariam sendo feitas para “manchar a imagem da Câmara”. Recentemente, nome de vereadora foi citado como parte de suposto esquema envolvendo desvios de verba pública – ela negou as insinuações, para qual não existem provas.
“Não vou permitir que caia qualquer respingo de lama sobre qualquer vereador dessa Casa. Recentemente, tentaram colocar o nome de vereadores sob suspeita. Nesta Casa, o colegiado é uma irmandade de pessoas de bem. Vamos rechaçar judicialmente aqueles que quiserem manchar a imagem da Casa”, pontuou Siufi.
Siufi diz que Câmara sai fortalecida porque membros tiveram "votação expressiva"
Foto: Deurico/Capital News
“Derrotado pela máquina”
Paulo Pedra (PDT) foi o 42º mais votado para uma vaga na Assembleia Legislativa, com 10.493 (0,81%) votos. Ele afirma ao Capital News que teria o dobro se não enfrentasse a máquina pública, ou seja, o poderio de recursos financeiros e de pessoal ligados ao Poder Público que, segundo ele, foram usados na campanha.
No dia de seu 49º aniversário, Pedra relata que não considerada o resultado uma derrota e fala que a campanha foi boa também para a Câmara. “Foi ótimo para a Câmara que teve seis candidatos. Eu e Thaís tivemos bons votos em Campo Grande. Não posso dizer que foi uma derrota. Por ter amizade e proximidade com Dagoberto [Nogueira, que disputou o Senado], que enfrentou a máquina e perdeu 100 mil votos, eu perdi também. Devo ter perdido 10% disto. Com mais 10%, ou seja, mais 10 mil votos, estaria eleito. Mas, eleição é assim. Saí com saldo positivo e preparado para tentar minha reeleição em 2012.”
Ainda ao Capital News, Pedra falou sobre a disputa ao Senado, em que Dagoberto aparecia como segundo ou terceiro nas pesquisas, mas, terminou com a quarta posição. “Como disse, não se pode chamar de derrota. Ele enfrentou a máquina do governo e, máquina é máquina. E acho que foi muito bem votado para quem enfrentou a máquina.”
Quanto à Câmara, no ano que vem, assumem Athayde Nery (PPS) e Alex do PT nos lugares de Bernal e Almi.
Pedra afirma que perdeu votos porque a "máquina do governo" estava contra seu grupo político
Foto: Deurico/Capital News
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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