A realização da 8ª Parada da Diversidade Sexual em Campo Grande nesta sexta-feira (20), foi tema de debate entre os vereadores na Sessão de hoje da Câmara, que não concordam com o horário previsto para a realização do evento. Segundo o presidente da Câmara, Paulo Siuffi (PMDB), vários comerciantes estão se sentindo prejudicados pela parada, que irá acontecer a partir das 8 horas.
Siuffi disse que não foi um, nem dois comerciante que o procurou para reclamar. “Não quero acabar com a festa de ninguém. Não sou homofóbico, nem contra, mas não podemos é realizar uma ação que seja contra o interesse dos comerciantes, que atrapalhe a economia da cidade”, afirmou.
“ Em São Paulo é domingo a tarde, em Nova Yprk é domingo a tarde, em Tóquio, apenas em Campo Grande é sexta-feira, quando os comerciantes mais vendem”, criticou ele.
O vereador Lídio (PP), apesar de dizer que não é contra a opção sexual de ninguém, reclamou sobre o destino dos apoios dados pelo Município e Governo. “Mas quando agente corre atrás de apoio para projetos que recuperam a vida das pessoas,como drogas, agente não consegue, no máximo R$1 mil. Mas quando é isso, tem propaganda e mídia financiada pelo dinheiro público semanas antes”, disse ele.
Segundo Lídio, ao invés de Campo Grande ser reconhecida pela capital que investiu em recuperação, “vai ser conhecida como maior parada gay do Brasil, Deus nos livre”, terminou.
Lídio reclama que para eventos que "recuperam" pessoas não há apoio necessário
Foto: A. Ramos/Capital News
O vereador Loester (PDT) defendeu o direito da parada gay. “Nós vivemos num estado de direito, numa democracia, e não sou contra o movimento, mas concordo com os senhores na mudança do horário, pois atrapalha o transito, os comerciantes”.
Siufi chegou a dizer que os participantes do evento levam cartazes falando sobre sua sexualidade. “Eles levam cartazes dizendo que sou gay enrustido porque voto contra algumas coisas. Mas sou apenas um chefe de família, cristão convicto e que não jogo pedra em ninguém”, declarou.
O suplente do vereador Herculano (PSC), Adão da Graça, que estava presente na Sessão, disse que quando se faz movimentos como a Marcha para Jesus, não há apoio, não se fecha nenhum quarteirão e não há policiamento. “ O que agente não concorda é o porque que quando agente quer fazer não tem apoio, e eles têm”.
Parada da Diversidade
A Parada é realizada pela Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul (ATMS). No local haverá com coleta de sangue gratuita para teste de HIV, além de distribuição de preservativos, materiais didáticos e pedagógicos.
tarde está prevista, a partir das 16 horas, a marcha pela cidadania, justamente a alegação dos comerciantes, de que atrapalha o comércio. Ela comerciantes . A manifestação as ruas 14 de julho, Marechal Rondon, 13 de Maio e Barão do Rio Branco com chegada prevista para as 18h na Praça do Rádio Clube.
