As executivas nacionais de PT e PMDB se encontraram nesta quarta-feira, 25 de novembro, em Brasília (DF), para discussão sobre as alianças entre as legendas nos Estados em prol da formação de palanques para a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Roussef, candidata de Luiz Inácio Lula da Silva à sua sucessão na Presidência da República. Se leváramos em consideração o resultado do encontro, começa a se confirmar cada vez mais a disputa entre André Puccinelli (PMDB) e o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, pelo governo de Mato Grosso do Sul, em 2010.
De acordo com a ABr (Agência Brasil), na saída do encontro, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), “admitiu, no entanto, que há estados onde será difícil compor uma aliança entre PT e PMDB, o que levará o partido a fazer alianças ‘heterodoxas’, ou seja, com partidos fora da aliança nacional”.
Jucá, segundo ABr citou diretamente o Mato Grosso do Sul como exemplo onde esta situação se alinha. Ele falou também de Rio Grande do Sul, Pernambuco e São Paulo. Mesmo assim, teria garantido que a junção entre PT e PMDB em âmbito nacional está consolidada.
O senador teria dito que existem barreiras a serem ultrapassadas até março do ano que vem. Contornar os problemas com o aliado PSB seria um deles. Isso, porque o partido pode lançar o deputado federal Ciro Gomes como possível presidenciável.
“Todos partidos são fundamentais. PT e PMDB não ganharão as eleições sozinhos. E os outros partidos vão se agregar. Haverá espaço definido para cada um”, disse Jucá, conforme ABr. “Até lá, temos que preparar o meio de campo para poder chutar a gol”, completou.
O parlamentar destacou, entretanto, que o PMDB é um partido com “musculatura muito forte”, ainda de acordo com a ABr.
Chegando junto
Conforme matéria publicada na Agência Brasil, o PT e o PMDB farão, a partir de agora, “um acompanhamento praticamente diário das composições que começam a ser formadas para as eleições estaduais de 2010 a fim de reduzir o máximo que influências estaduais interfiram na aliança nacional”.
As situações menos complicadas seriam Bahia e Pará. Na Bahia, seriam criadas “regras de convivência entre os dois partidos. A afirmação teria partido da senadora Ideli Salvatti (PT-SC). Já no Pará, a história está mais acirrada. Seriam pré-candidatos, o deputado Jader Barbalho (PMDB) e a governadora Ana Júlia Carepa (PT). Porém, a senadora teria afirmado que “ainda existe espaço para negociação”.
Por aqui, assim como em São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco, a senador teria enfatizado que a disputa entre as siglas é tão acirrada que “sequer há espaço para qualquer tipo de negociação”, traz a ABr. “Você acha, por exemplo, que tem como nós conversarmos com o [senador] Jarbas Vasconcelos (PMDB), em Pernambuco?”, teria destacado Ideli Salvatti.
“Se”
O governador André Puccinelli já declarou por diversas vezes seu respeito à sua “fada madrinha”, Dilma Roussef, como ele mesmo a batizara. Todavia, aprovou o lançamento da pré-candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião, a tentar ser o nome do PMDB ao cargo de presidente da República.
Mas, em evento realizado na tarde desta terça-feira, 25, na sede da Sanesul (Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul), André teceu comentários sobre o caso: “Se o partido firmar candidatura própria, aí, para mim é ele.” Todavia, ele voltou a colocar a situação na condicional: “se.”
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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