O presidente da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) e do PPS regional, Athayde Nery, disse que ainda não está confirmada a aliança do BDR (Bloco Democrático Reformista) – formado por seu partido, PSDB e DEM – e o PMDB em torno da tentativa reeleição de André Puccinelli em 2010.
“Nós não somos acessório de governo nenhum”, disse, em entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital, na manhã desta segunda-feira, 14 de dezembro.
Ele afirma que o chamado blocão tem um projeto e que, para André receber seu apoio, precisa ter projeto semelhante. Além disso, o grupo quer ter participação ativa na administração, caso And´re venha a vencer o pleito do ano que vem.
“Ora! Descendo aqui para o Mato Grosso do Sul, nós não somos acessório de governo nenhum. E não queremos entrar nesse negócio de Zeca contra André. Esse negócio de personalizar a sucessão estadual para nós é algo que diminui a política. E apolítica não merece isso. O mais do mesmo, como diz o nordestino. Ou, trocar seis por meia dúzia. Nós não queremos novos coronéis. Ficar aqui, como se a única coisa que nós temos é o André. Nós queremos saber qual é o projeto desses candidatos.”
Ele continua: “E nós do BDR estamos construindo esse projeto. Que não tem nada a ver com projeto de partido é um projeto de governo. Não tem nada a ver com projeto de pessoas. Do ponto de vista tributário principalmente. Ora! Tanto o Zeca quanto o André tiveram oportunidade para abaixar o tributo. A maior reclamação de quem vem de fora é essa questão dos tributos caros. A questão da demarcação. Não estamos vindo aqui para brincar. Estivemos em Miranda com o Marcos Terena.”
Athayde Nery afirma que o grupo não tem pretensões de agir como figurante na próxima gestão de André, caso reeleito seja.
“O BDR não vai entrar nessa sucessão para ser mero acessório. Chapa pura é inaceitável. Nós não estamos aqui para caminhar como cordeiros de nenhum movimento. Este movimento é um movimento sério. (...) Iremos dialogar. Não temos medo de fazer aliança. Aliás, o André chegou aí porque fez aliança com diferentes. Somos diferentes, não somos o PMDB. Agora, não vamos entrar nessa de ser vaquinha de presépio. O PPS não vai ter medo de colocar o projeto que tem. E, no BDR, estamos discutindo isso. O Reinaldo Azambuja diz que, hoje, a Marisa tem boas condições de ser uma bela candidata.”
Nacional
Athayde demonstra sua preferência quanto ao nome de José Serra à candidatura pelo BDR em nível nacional. Muito embora, não esteja confirmado seu nome, já que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, continua como pré-candidato.
“Nós temos certeza de um seguinte: temos um candidato à Presidência da República; que é o José Serra [PSDB]. Pelo menos da minha parte é o que eu tenho mais simpatia. Foi líder estudantil. Foi banido do país pela ditadura militar. Retornou ao país pela anistia. Mostrou sua capacidade de economista, foi senador, foi candidato à Presidência, foi prefeito de São Paulo, hoje governador de São Paulo.”
“Hoje, um homem preparado dessa responsabilidade social que é o Brasil. Passa pelo Brasil o rumo do nosso planeta. As nossas dimensões continentes, a nossa capacidade de interlocução com o mundo na tolerância é algo que vai exigir um quadro preparado para estar à frente da administração pública. É nesse diapasão que você coloca como antagonismo, a candidata do Lula. Porque o Lula não é candidato. O Lula é um grande, diria quadro, que também o país teve e mostrou a solidificação da democracia. Agora, não basta ser amiga do Lula para ser presidente do Lula. E acho que a única qualidade da Dilma – aí, respeitando também o seu passado de resistência contra a ditadura –, ela não carrega ainda, os elementos necessários para administrar um país da dimensão do Brasil. Então, hoje, esse BDR tem como fundamental isso”, complementa, ainda durante entrevista ao programa de Tribuna Livre.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)