O prefeito da Capital, Nelson Trad Filho (PMDB), mais uma vez deixou no ar que existe ainda a possibilidade de ser lançado candidato a senador pelo PMDB nas eleições deste ano. As frases sobre o assunto foram pronunciadas nos bastidores da cerimônia de entrega de 50 casas populares na Vila Maciel, na manhã desta sexta-feira (12).
Em meio a uma gurizada presente no evento, Nelsinho começou a conversar com crianças e, depois, a carregá-las no colo. Foi neste instante que uma jornalista perguntou se existiriam ainda chances de ele concorrer ao Senado. “Quando político começa a pegar criança no colo pode ser que saia candidato”, foi sua resposta.
A repórter quis uma afirmação direta, e perguntou de novo. “Estou pegando criança no colo”, repetiu o prefeito.
Nelsinho e a prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet, tiveram seus nomes cogitados pelo governador André Puccinelli para serem os representantes peemedebistas na disputa pelo Senado este ano (leia notícias relacionadas).
Todavia, depois de uma decisão da legenda, prévias foram marcadas entre o atual senador Valter Pereira e o deputado federal Waldemir Moka. Ambos os parlamentares “brigaram” pelo direito à tentativa de ficar com a vaga e a diretoria teria aceitado a disputa interna mesmo contrariando opinião de André, dizem nos bastidores – eles e o governador não confirmam isso.
André passou a dizer que uma das vagas à disputa pelo Senado em sua chapa seria para o PMDB – e ficaria entre Valter e Moka –, outra para partidos aliados. Murilo Zauith (DEM) seria o outro indicado (leia notícias relacionadas). Porém, agora, o governador não confirma o atual vice como o segundo nome, deixando brecha para que o PMDB lance dois candidatos.
Nos recentes eventos em que a imprensa esteve presente, o governador deixou claro que quer Simone Tebet como sua vice na chapa. Se o PMDB sair com chapa pura, a outra vaga ao Senado, então, poderia ser de Nelsinho.
Nelsinho: "Quando político começa a pegar criança no colo pode ser que saia candidato”
Foto: Nadia Nadalon/Capital News
Governo em 2014
Nelsinho já admitiu que também quer ser candidato a governador em 2014. Todavia, a aproximação maior entre André e Simone poderiam deixá-lo fora do páreo. Uma hipótese foi levantada pela imprensa. Perguntaram a ele se poderia mudar de partido. Ele foi esquivo e respondeu: “Se eu fosse canditato a governador, Simone seria minha vice, muito provavelmente.”
Ele poderia estar se sentido preterido em relação a Simone dentro da legenda, com possibilidade de ela ser então a próxima candidata peemedebista ao governo em 2014 e não ele, se tiver o apoio de André. Ao menos, segundo comentários de bastidores, sem confirmações. A fala de que apoia Dilma (saiba mais lendo as notícias relacionadas) poderia ser algum tipo de aviso a André, também segundo informações não oficiais.
Prefeito diz que ainda existiriam possibilidades de uma candidatura ao Senado ou à Governadoria, em 2014, com Simone de vice
Foto: Nadia Nadalon/Capital News
Preferência para presidente
Outra vez, Nelsinho explicitou sua predileção pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, indicada de Luiz Inácio Lula da Silva à sua sucessão.
Os comentários do prefeito já geraram indisposições internas no PMDB local (veja notícias relacionadas), com alguns correligionários e membros de partidos aliados irrequietos questionado ou criticando sua posição.
A definição sobre quem o PMDB apoia nacionalmente (Dilma ou José Serra – PSDB) é considerada chave para coligações em Mato Grosso do Sul e pode definir as consolidações partidárias para a tentativa de reeleição de André.
Nelsinho admite “gostar” de Dilma de forma indireta, elogiando o atual presidente. “Eu tinha 9 anos de idade e meu pai me levou num jogo de futebol em Três Corações. E eu vi um neguinho começando a jogar que tinha o nome de Pelé. E eu vou dizer pra você uma coisa, o Lula é o Pelé da política, não esquece disso”.
Entretanto, Nelsinho deixa claro que pretende trabalhar pela continuidade de André na administração estadual. “A prioridade é a reeleição do André, mas acredito nas pesquisas [mostra Dilma próxima a Serra]. Estou na parcela de uma corrente dentro do partido que defende isso [que Lula faz bom trabalho e o modelo deve continuar].”(Com colaboração de Nadia Nadalon-estagiária)
Por: Marcelo Eduardo e Ana Maria Assis – (www.capitalnews.com.br)
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