O senador Valter Pereira afirma que havia dito ao governador André Puccinelli sobre as supostas denúncias de compra de voto pelas equipes do deputado federal Waldemir Moka.
Valter e Moka disputam a preferência dos cerca de 40 mil peemedebistas de Mato Grosso do Sul para saber quem vai disputar uma vaga no Senado em 2010 pela legenda.
Ambos foram neste domingo (7), à Escola Estadual Joaquim Murtinho, no centro da Capital, para votar e pedir voto, já que a boca de urna fora dos muros da unidade de ensino era permitida.
Valter diz abertamente que tem denúncias de compra de votos e de “uso da máquina pública [recursos humanos e financeiros de instituições públicas com fins eleitorais ou diversos] na campanha adversária”. Ele apontou a primeira-dama da Capital Antonieta Trad como “a chefe” das coações por aqui e o “’primeiro-damo’ de Três Lagoas”, Eduardo Rocha, marido da prefeita Simone Tebet, como autor das coações em Três Lagoas.
“Tive oportunidade de há três semanas conversar com ele [André Puccinelli]. Na época, ele disse que não tinha nada a ver com isso, mas se dispôs a conversar com a primeira-dama e com o casal”, diz Valter, que ainda mencionou uma brincadeira de André: “Não sou marido da Simone”, teria dito a ele o governador.
Segundo Valter, “a máquina foi usada e a primeira-dama daqui chefiou este sistema de coação e corrupção eleitoral... Toda prática que a sociedade condena”.
Além disso, Valter diz que o diretório de Miranda, através do presidente, estaria cerceando os eleitores a votar. “Ele distribuiu 300 senhas para que eles votassem e o resto mandou embora. Lá, tem aproximadamente 700 filiados. Quero saber por que isso.”
Segundo o presidente do diretório regional, Esacheu Nascimento, o que ocorreu “foi um mal entendido”. “É que nós enviamos 300 senhas para cada um dos municípios, mas isso seria usado para depois das 16h, quando termina oficialmente a votação. Quem estiver na fila, depois deste horário, do fim da fila para o começo, recebe essa senha para ter o direito preservado. O que ocorreu lá deve ter sido um engano.”
Valter falou com Esacheu na escola sobre as denúncias que fizeram antes e comentara com a imprensa. Esacheu diz que precisa que ele formule isso e que, se houver a denúncia protocolada, reúne o diretório para decidir sobre isso. "É uma coisa tão inusitada que não pensamos nisso."
Valter fala sobre suas denúncias a Esacheu Nascimento em pleno momento de votação; presidente diz que precisa de tudo por escrito
Foto: Deurico/Capital News
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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