Os senador Delcídio do Amaral (PT) não descartou parceria com o deputado federal Waldemir Moka (PMDB) na disputa pelo Senado em 2010. Até admitiu achar eleição casada – apoio recíproco de candidatos de chapas diferentes em época em que duas vagas estão na disputa – algo natural. As afirmações foram na manhã desta segunda-feira (15), na Superintendência da Caixa Econômica Federal.
A tentativa seria atrelar os nomes Delcídio e Moka, ao contrário do que está programado por agora, Delcídio e Dagoberto Nogueira (PDT).
“Vai muito de cada parlamentar. Acho que pelo que eu percebo eventuais acordos episódicos pontuais, em algumas situações pode vir a acontecer. Não é o desejável, mas pode vir a acontecer. Na minha eleição mesmo, quando fui candidato a governador, existia isso em vários lugares. Às vezes, gente que ‘tava’ na minha chapa compunha com gente que ‘tava’ na outra chapa”, comenta.
Indagado pela imprensa diretamente sobre uma possível parceria com Moka, o senador não descarta a ideia e conta situação parecida já vivida por ele. “Acho que março e abril são meses importantíssimos. Acho que, até meados de abril, nós vamos ter todas as definições. Claro que a gente vai fazer dobradinha. Agora, é natural que, quando você tem uma eleição casada, você busque outras composições. Isso é natural. Eu , por exemplo, não ‘tô’ adiantando nada. Só quero dizer que eleição casada, com duas vagas, isso acontece. Eu, quando me elegi senador, eu dobrei com o Ramez.”
Inadagado se a "canditarua casada" poderia ser entre ele e o prefeito da Capital Nelson Trad Filho (PMDB), o senador brinca: "Não 'tô' sabendo. Se for, estou que nem marido traído. O útlimo a saber."
BDR-PMDB
Já abalado, o compromisso antigo entre PMDB e o Bloco Democrático Reformista (BDR) – formado por PSDB, DEM e PPS – parece cada vez mais estremecido.
O grupo não abre mão do nome do vice-governador Murilo Zauith (DEM) na disputa pelo Senado. Moka venceu as prévias contra Valter Pereira dentro do PMDB e assumiu a primeira vaga na chapa majoritária encabeçada por André Puccinelli, que tenta reeleição.
A outra vaga, pode ser peemedebista ou para eventuais aliados. Mas, com o nome de Moka próximo ao de Delcídio, membros do BDR já começam a sinalizar por uma desistência de Murilo.
O deputado estadual Zé Teixeira – colega democrata de Murilo – foi o primeiro a mostrar-se insatisfeito. “Como mais velho que ele, com 70 anos, se ele me pedisse um conselho, o que eu daria era o seguinte: Não é mais conveniente você disputar o Senado.”(Com colaboração de Ana Maria Assis)
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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