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Saúde Quinta-feira, 20 de Agosto de 2009, 16:42 - A | A

Quinta-feira, 20 de Agosto de 2009, 16h:42 - A | A

Abafarma acredita que farmácias podem continuar venda de demais produtos

Marcelo Eduardo - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O Capital News conversou com o presidente da Abafarma (Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico), Luiz Fernando Buainain, para saber qual a expectativa dos proprietários de farmácias a respeito das novas regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “Os proprietários são absolutamente contra a prática de automedicação”, diz.

Contudo, Buainain mostra algo que traz certa preocupação e algo visto como positivo pelo setor. “Em relação ao mercado, a grande dificuldade é com relação à estrutura das lojas. Já que a farmácia precisará reestruturar seu layout, com relação às bancadas e gôndolas que devem ser postas atrás dos balcões. Isso gera custo. Mas, por outro lado, vai ser bom para o consumidor e para a farmácia porque vamos poder prestar outros serviços, como, por exemplo, o teste de glicemia, ou uma aferição de pressão.”

Venda de produtos não relacionados diretamente à saúde

A Anvisa estabeleceu também que somente serão passiveis de comercialização produtos diretamente ligados à área de saúde. Há uma lista com os produtos que podem ser vendidos em farmácias e drogarias.

A Instrução Normativa - IN nº 9, de 17 de agosto de 2009

“CAPÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 13. É vedado utilizar qualquer dependência da farmácia ou da drogaria para outro fim diverso do licenciamento, conforme disposto na legislação vigente.

Parágrafo único. É vedado às farmácias e drogarias comercializar, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar ao consumo produtos não permitidos por esta Instrução Normativa.”

“Estamos vivendo num mundo moderno, corrido, onde buscamos facilidade. Temos que ter a facilidade de adquirir produtos da forma mais rápida. Se eu vou comprar um remédio e posso comprar um picolé de forma segura, sem risco para minha saúde, por que eu não posso comprá-lo no mesmo local? Precisa ter uma coisa chamada conveniência”, diz Buainain.

Ele também é proprietário da rede São Bento, com 70 lojas na Capital. “A resolução deixa uma brecha [quanto à venda de determinados produtos]. Mas, mesmo assim, a São Bento tem uma sentença em trânsito favorável a ela”, diz, informando que as mudanças nas “lojas” serão com relação ao layout [ambientação do estabelecimento] e prestação de mais serviços farmacêuticos, mas não na mudança de mercadorias a serem comercializadas.

Por: Marcelo Eduarrdo - Capital News

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