Já estão em vigor – mas quase totalmente inutilizadas – as novas regras para venda de medicamentos impostas pela Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) em todo o território brasileiro. Elas estão sem possibilidade de prática em boa parte do país porque entidade representantes de grandes redes de drogarias conseguiram liminares (decisões da Justiça tomadas de forma provisória) liberando-se de cumpri-las.
Uma das principais determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é que medicamentos que não necessitam de prescrição médica – analgésicos e antitérmicos, por exemplo – sejam colocados atrás do balcão, fora do alcance direto do consumidor. Uma das questões mais controversas é a proibição de produtos que não sejam remédios, as ditas mercadorias alheias, como sorvete, bolachas, ou prestação de serviço como correspondente bancário.
Para o presidente da Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), Luiz Fernando Buainain, as decisões da Justiça “beneficiam o consumidor”. Ele diz que foi uma decisão "acertada da Justiça em permitir venda de produtos não-medicamentosos" em drogarias.
Ao Capital News, via telefonema, ele disse que a “Anvisa faz frente contra o mundo, contra a globalização”. Segundo Luiz, o “consumidor precisa ter a liberdade que quiser para adquirir o produto que deseja”.
Luiz também é proprietário da rede São Bento, com 70 lojas na Capital, uma das cerca de 2,6 mil redes filiadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) – autora de um dos pedidos de liminar aceitos pela Justiça.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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18/02/2010 - 10:10
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