O procurador aposentado Carlos Alberto Zeola será levado a júri popular pelo assassinato de seu sobrinho, Cláudio Alexsander Zeola. O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Juri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete, já havia acatado a denúncia contra Zeola, mas ainda avaliava se o réu poderia ser levado a júri. Decisão que foi definida nesta segunda, após o interrogatório.
Zeola chegou ao Fórum de Campo Grande sob escolta policial e acompanhado de uma enfermeira. Durante o interrogatório, o réu confessou o crime, e alegou que estava arrependido e que cometeu o crime devido a um impulso emocional. O procurador aposentado teria ficado com raiva do sobrinho, que teria agredido Américo Zeola, pai de Carlos Alberto e avô de Cláudio.
O homicídio ocorreu no dia 3 de março de 2009, em frente a uma academia na Rua Bahia, em Campo Grande. A denúncia foi levada à Justiça em abril deste ano, mas o processo ficou suspenso até que fosse elaborado o laudo de insanidade mental, feito pelos peritos judiciais. O advogado Ricardo Trad, que defende Zeola, contestou o resultado e o juiz designou o psiquiatra forense Guido Palomba, que na análise feita este ano, ratificou resultado anterior e manteve o resultado: Carlos Alberto Zeola poderia ser considerado semi-imputável, ou seja, tem condição parcial de entender o ato criminoso cometido.
A previsão é que Zeola seja julgado no primeiro trimestre de 2011. Desde que foi detido, no ano passado, o procurador aposentado está internado na Clínica Carandá, em Campo Grande.
Por Jefferson Gonçalves - Capital News
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