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Polícia Terça-feira, 07 de Janeiro de 2014, 11:07 - A | A

Terça-feira, 07 de Janeiro de 2014, 11h:07 - A | A

Protesto é tímido, mas família de professora morta por marido comparece para dar apoio

Samira Ayub e Juliana Rezende - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Familiares e amigos da jovem Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, de 19 anos, que pode ter sido agredida pelo namorado Matheus Georges Tannous, também de 19 anos, na noite de 31 de dezembro, organizam uma caminhada pela paz na manhã desta terça-feira (7). Com o intuito de reforçar a Lei Maria da Penha, familiares preparam cartazes para a caminhada que deve acontecer até o meio-dia no centro de Campo Grande. Apesar da movimentação tímida, amigos e parentes da jovem tiveram apoio da família da professora Zilca Fernandes Marques, assassinada à facadas pelo marido em uma chácara de Campo Grande, em 2012.

Eny Escobar, mãe de Zilca  foi até o protesto acompanhada pelo filho Gentil Marques, de 50 anos, para prestar solidariedade. “Eu vim para conhecê-los e prestar minha condolência”, disse Eny.  Segundo a mulher a lei oferece muita impunidade e a sociedade precisa se reunir para impedir que novos casos ocorram."Todos os dias vemos mulheres sendo agredidas ou mortas, como aconteceu com minha filha”, afirmou.

A foto do rosto de Giovanna machucado comoveu a mãe que perdeu a filha há pouco mais de um ano. “Quando você vê a foto daquela menina toda quebrada podemos gritar para o mundo que basta, chega de violência contra às mulheres”, disse. A idosa recorda ainda que seu caso foi mais triste, onde os pais do assassino demoraram horas para levá-la até o corpo de Zilca. O marido da professora foi punido com 20 anos de prisão. "Deveria ter pegado 30 anos", relatou.

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Eny, mãe da professora morta pelo marido, compareceu ao protesto para dar apoio à família
Foto: Deurico/Capital News

Protesto

O tio de Giovanna, Leandro de Oliveira, de 40 anos, acompanhado pelo filho, um adolescente de 17 anos, aguarda os cerca de 200 amigos que confirmaram presença no protesto. Segundo ele, o convite para a caminhada teve 300 compartilhamentos nas redes sociais. “A família não vai parar, vamos para as ruas para pedir paz e, também, para reforçar a Lei Maria da Penha”, afirmou Leandro.

O primo da garota chegou a morar com o casal, e disse que até o momento, a vítima não consegue falar sobre o assunto e não lembra o que aconteceu naquela noite. O menor afirmou que presenciou várias discussões entre Matheus e Giovanna, que se conheceram na sala de aula do curso de Engenharia Civil, na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), porém, o adolescente afirma que nunca viu nenhuma agressão entre eles.

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Primo da garota escreve cartazes para chamar a atenção e não acredita na versão de Matheus
Foto: Deurico/Capital News

A manifestação começou pelas redes sociais, e deve sair em frente da prefeitura municipal e seguir pelas ruas centrais de Campo Grande.

Leandro afirmou ao Capital News, que nunca aprovou o relacionamento da sobrinha com Matheus. “Ele era muito tranquilo, não gostava de trabalhar e eu não via futuro”, disse. O tio da menina disse ainda que percebia que o namorado de Giovanna era ciumento e sempre cuidava quem olhava para a menina.“Ele ficava muito em cima dela”, observou o tio.

Para ele, antes de falar com a imprensa, a sobrinha deve conversar com psicólogos para tentar se lembrar do que aconteceu naquela noite.

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Tio de Giovanna disse que nunca aprovou namoro de sobrinha
Foto: Deurico/Capital News

(matéria alterada às 12h01 para acréscimo de informações)

 

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