O “namoro” entre o PT e o PSDB terminou antes mesmo de subir ao altar. Por orientação do diretório nacional de ambos os partidos, a aliança formal em Mato Grosso do Sul foi vedada. Com isso, surgiu a possibilidade de uma “aliança branca”, quando os partidos em âmbito nacional impedem uma coligação formal, mas declaram apoio ao outro. Nesta quarta-feira (7), o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) foi enfático ao afirmar que não existe “aliança branca”. “Aliança branca não existe para nós, é para enganar o eleitor, e não queremos enganar o eleitor”, disse Azambuja ao Capital News. Se uma composição com o PT está descartada, o parlamentar adiantou que está em tratativas com outros partidos, como o PDT, PSB, DEM e PR, para a construção de uma candidatura ao Governo do Estado.
“Estamos tentando construir uma candidatura ao Governo, com grupos que entendam que temos espaço para uma terceira via”, disse Reinaldo. Segundo o líder tucano, o PSDB conversa com outras legendas para construir uma candidatura dentro do grupo, e que o diálogo está mais próximo com o Democratas, PPS, PSB, PDT e PR.
Sobre o nome do possível pré-candidato ao Governo do Estado, ainda é um mistério. “Pode ser o meu nome, mas pode ser a de um aliado”, pontuou Azambuja. “Se o grupo entender que tem um nome que agregue mais que eu, eu não vejo problemas. Eu sou descolado sobre isso, temos que dar oportunidade aos outros partidos, e tem muita gente boa, competente. O mais importante é que temos um projeto”, ressaltou Reinaldo.
O deputado federal descartou qualquer possibilidade de uma aliança com o PT. “Está descartado. Não podemos fazer uma aliança formal, e não vamos partir para uma aliança branca, porque o povo não entende e não aceita”, disse.
Pensando MS: O parlamentar percorreu todas as regiões do Estado com o projeto Pensando MS, do PSDB. Segundo ele, o levantamento sobre as principais demandas e necessidades do Estado deve encerrar no fim deste mês, mas ele destacou cinco pontos que preocupam os sul-mato-grossenses.
Azambuja adiantou que a maior necessidade no Estado está na saúde pública. “Temos que olhar isso com muita responsabilidade; o segundo ponto é a segurança pública, a população está se sentindo insegura”, afirmou.
Outro ponto que o deputado federal destaca do projeto é a educação. “A educação não é somente distribuir kits, precisamos de escolas em período integral”, observou. “O quarto ponto é que não podemos olhar Mato Grosso do Sul por igual, mas olhar em todas as regiões. Temos diferenças regionais, e por isso, o Estado tem que ser o indutor do desenvolvimento”, disse Azambuja.
A definição sobre coligações e se o PSDB deverá lançar uma candidatura ao Governo será no fim deste mês, mas o líder tucano ainda não pontuou uma data.
