O camisa 10 brilhou, o centroavante desencantou, e o Brasil conquistou o primeiro lugar no Grupo A da Copa do Mundo da FIFA, avançando às oitavas de final. A vitória por 4 a 1 em cima de Camarões também serve para tranquilizar quem ficou preocupado com a falta de gols no embate anterior, contra o México. Neymar, marcou os dois primeiros gols, Fred fez o terceiro - seu primeiro na competição-, e Fernandinho, que entrou no início do segundo tempo, marcou o último.
A Seleção pressionou logo no início, usando muitos lançamentos saindo dos pés de Dani Alves, Thiago Silva e David Luiz. A tática funcionou, e o Brasil teve um punhado de chances com Fred, Hulk e Neymar. Camarões também teve suas oportunidades, com Moukandjo. Aos 17 minutos, quando a seleção africana começava e deixar apreensiva a maior parte dos 69.112 espectadores, Luiz Gustavo roubou bola no meio de campo, avançou e cruzou para Neymar mandar para as redes.
A Seleção já parecia à vontade em campo, mas o grupo de Camarões, mesmo eliminado, reagiu. Aos 26, Nyom ganhou dividida com Dani Alves e cruzou. A bola atravessou a área até que Matip finalizou e empatou o jogo. Mais uma vez, o Brasil mostrou força em um momento nervoso e delicado. Aos 34, Marcelo pegou uma sobra e passou de primeira, sem deixar quicar, para Neymar. O camisa 10 avançou, cortou para o meio e marcou: 2 a 1.
A classificação parecia encaminhada, mas se ainda havia alguma tensão no ar em Brasília, ela foi dissipada quando David Luiz, da esquerda, achou Fred no meio da área. De cabeça, o camisa 9 balançou a rede pela primeira vez nesta Copa e deu à Seleção uma enorme vantagem. Faltava, contudo, o lance mais bonito do jogo. Uma tabelinha que começou no pé de Oscar, que deu de primeira para Fernandinho. Com mais um toque de cada, a bola ainda passou pelos pés de Fred e Oscar até que Fernandinho, novamente de primeira, mandou para o gol.
Serviu para aumentar o saldo de gols, assegurar a liderança à frente de um México que bateu a Croácia por 3 a 1 e decretar o duelo das oitavas de final: dia 28, em Belo Horizonte. Diante justamente de quem Felipão tanto elogiou bem antes de a Copa começar: o Chile.
