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Esporte Segunda-feira, 07 de Julho de 2014, 15:55 - A | A

Segunda-feira, 07 de Julho de 2014, 15h:55 - A | A

David Luiz, ele é o cara

Malu Cáceres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

É certo: qualquer um é capaz de olhar para um microfone e dizer frases bonitas. O ponto não é esse. No caso de David, não é preciso muito esforço para saber que não se trata só de discurso: basta observá-lo. Ou, ainda, escutar quanto os adjetivos escolhidos por seus companheiros para defini-lo vão ao encontro das suas palavras.

“Ele é demais. É muito carinhoso, muito atencioso, independentemente de quem seja a pessoa. Não é todo dia que você encontra gente assim”, diz Hulk, “O mundo inteiro sabe o que ele significa dentro de campo – para mim, junto com o Thiago (Silva) forma a melhor dupla de zaga do mundo -, mas nós, que estamos convivendo sempre ao lado dele, sabemos também da grande pessoa que ele é.”

E ele ainda joga

Porque, claro, o aspecto humano de David Luiz vem acompanhado desse detalhe considerável para uma equipe de futebol: ele é um dos melhores zagueiros do planeta e um dos grandes nomes da Copa do Mundo até aqui. Marcou dois dos três gols brasileiros na fase de mata-matas, incluindo um golaço de falta diante dos colombianos nas quartas de final.

“Foi bonito de ver. Claro que a gente comemora o gol pelo time todo, mas ficamos felizes demais de ver um cara como o David marcando de novo”, admite Hulk. “A comemoração dele, extravasando daquele jeito, mexeu com a gente.”

No final das contas, se trata disso: David Luiz consegue mexer com o time, para não dizer o país, todo. Na semifinal contra a Alemanha, com a equipe desfalcada de seu craque, Neymar, e de seu capitão, o companheiro de zaga Thiago Silva, David vai fazer isso formalmente: usando a braçadeira de capitão. Não que isso faça diferença. “Esse grupo é muito tranquilo de se lidar, porque são pessoas simples e humildes. Fica fácil liderar”, ele diz, talvez invertendo um tanto a ordem dos fatores. Parece que é a torcida e o time que já acham fácil, natural até, ser liderados e influenciados pelo comportamento do zagueiro.

Por isso é que a Arena Castelão entrou naquela espécie de catarse coletiva ao vê-lo “extravasando daquele jeito”, como Hulk define a comemoração do segundo gol: um urro ensandecido, seguido de corrida frenética em direção ao público, com direito até a uma voadora furiosa na bandeirinha de escanteio no meio do caminho. Tudo como deve ser para quem tem esse dom de saber se portar em cada situação; de saber a hora de ser Madre Teresa de Calcutá. (Com informações da Fifa.com)
 

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