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Esporte Terça-feira, 08 de Julho de 2014, 08:31 - A | A

Terça-feira, 08 de Julho de 2014, 08h:31 - A | A

Craque é insubstituível? Amarildo provou que não

Malu Cáceres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Perder seu maior craque por lesão no meio de uma Copa do Mundo da FIFA não é novidade para a Seleção Brasileira. Mas, por mais difícil que seja ver um ídolo sem condições de atuar, a própria história brasileira mostra que esta perda não necessariamente traz um impacto negativo na campanha. E, aqui, não estamos falando apenas um ídolo, mas, sim, de um certo Pelé, cuja ausência a partir do terceiro jogo do Mundial de 1962 não impediu a conquista do bicampeonato pelo país.

Há 52 anos, um problema muscular sentido pelo camisa 10 brasileiro deixou todo um país atônito, mas a entrada de Amarildo contra a Espanha encerraria as dúvidas sobre o fato de o Rei ser insubstituível. Então com 22 anos, o jovem atacante do Botafogo não sentiu o peso que muitos considerariam grande demais, marcou gols decisivos na caminhada ao título e se tornou o melhor exemplo para o jogador que, agora em 2014, terá a missão de entrar no lugar de Neymar na semifinal contra a Alemanha.

“Não fiquei nervoso. Pelo contrário: encarei como algo normal e até estimulante, porque, ali, eu precisava mostrar meu valor”, explica Amarildo, hoje com 75 anos, ao FIFA.com. “Claro que não queria que o Pelé se machucasse, mas precisava provar algo e fiz isso logo num jogo decisivo, contra a Espanha: ou a gente passava, ou eles. Estava colocando minha carreira em jogo, tentando resgatar a estima dos brasileiros, porque tinha que estar à altura da situação. Não senti nervosismo, mas uma responsabilidade de ir com coragem para cima dos adversários.”

A decisão que ele lembra não era exatamente como a semifinal que o Brasil encarará nesta terça-feira, embora uma derrota contra aquela Espanha de Ferenc Puskás, Francisco Gento e Alfredo di Stéfano significaria o fim precoce do sonho de seguir na competição. A missão se complicou com a confirmação de que Pelé não atuaria mais na Copa, mas a entrada de mais um jogador do Botafogo naquele time que já contava craques como Didi, Zagallo, Garrincha e Nilton Santos – todos do alvinegro carioca – fez com que o equilíbrio não fosse alterado.

“Claro que faz falta perder um atleta que é considerado o melhor do mundo. Mas graças a Deus o Amarildo, que fazia a ala comigo no Botafogo, não sentiu esse impacto de vestir a Amarelinha. Ele já estava acostumado com os companheiros, então se soltou e fez uma grande Copa”, lembra Zagallo também ao FIFA.com. “O Amarildo aparentemente não estava pronto. Mas ele tinha feito um campeonato maravilhoso no Botafogo e por isso foi convocado. Era questão de segurança jogar numa Copa do Mundo, e ele foi perfeito”, completa Pelé. ( Com informações da Fifa.com)

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