Essa é a opinião do deputado federal Fábio Trad que criticou nessa quarta-feira (9) a União por ainda deixar pairar sobre Mato Grosso do Sul o clima de instabilidade em regiões reivindicadas por indígenas, como em Sidrolândia e Caarapó. Conflitos entre produtores e indígenas têm provocado mortes no Estado, mas o governo federal só intervém nos momentos críticos e depois se afasta.
“Conflito entre produtores e índios não pode mais ser levado com a barriga pela União”, condenou o parlamentar sul-mato-grossense, que considera haver uma deliberada política de superação momentânea de crise e perpetuação das mútuas insatisfações de produtores e indígenas.
Quanto à ampliação da terra indígena Buriti, em Sidrolândia, após 14 anos de invasões e um ano de reuniões em busca de acordo indenizatório, completado no dia 31 de junho, os produtores ainda não conseguiram fechar o acordo para vender suas fazendas para a União. Eles pedem R$ 124 milhões, mas o governo federal só quer pagar R$ 80 milhões.
A diferença de R$ 44 milhões, segundo os produtores, refere-se a ressarcimento por construções e máquinas danificadas pelos indígenas. As negociações foram interrompidas no dia 20 de junho e só devem ser retomadas depois da Copa do Mundo, que termina no próximo final de semana.
Já a Fazenda Santa Helena foi invadida por 200 indígenas, que já reivindicavam a área, em protesto contra o assassinato de um integrante da comunidade Tey Kuê, Denílson Barbosa, de 15 anos, quando este pescava dentro de propriedade rural. O garoto foi assassinado a tiros no dia 16 de fevereiro do ano passado.
A União ingressou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3a Região (TRF-3) contra a decisão de primeira instância que determinou a continuidade de policiais da Força Nacional de Segurança na Fazenda Santa Helena, alegando que não tem a incumbência de fazer policiamento preventivo.
“Conflito entre produtores e índios não pode mais ser levado com a barriga pela União”, condenou o parlamentar sul-mato-grossense, que considera haver uma deliberada política de superação momentânea de crise e perpetuação das mútuas insatisfações de produ
Foto: Divulgação / Assessoria
