O PSB decidiu abandonar a base de apoio ao candidato Nelsinho Trad (PMDB) e anunciou na tarde desta sexta-feira que estará junto com Delcídio do Amaral (PT) na corrida para o cargo de governador de Mato Grosso do Sul.
O vice-presidente regional do Partido Socialista Brasileiro, Sérgio Assis, comunicou a mudança de estratégia no estado e informou que a decisão foi tomada com o apoio de 90% dos membros.
Ainda na sexta-feira, Sérgio Assis falou com Delcídio do Amaral por telefone e um encontro entre o candidato do PT com lideranças do PSB deve acontecer entre a noite deste dia 1º e este sábado. Entre os motivos alegados para a desistência de apoiar Nelsinho Trad está a falta de diálogo com o candidato. “Não conseguimos falar nenhuma vez com o candidato Nelson Trad. Imagina se agora a gente já não consegue, se ele ganhar as eleições como seria?”, disse Sérgio Assis, que era candidato a deputado estadual e retirou seu nome por motivos de saúde.
De acordo com Sérgio, Nelsinho sequer foi comunicado sobre essa saída da base de apoio. “Se pelo menos a gente tivesse conseguido falar com ele.”
..
Foto: Deurico/Capital News
Kit miséria
A insatisfação do PSB com a base de apoio do candidato Nelsinho Trad é tão grande que membros apelidaram o material que a coligação iria fornecer de “kit miséria”. Nesse kit estariam inclusos santinhos, que não constavam o nome de Eduardo Campos (candidato do PSB à presidência), e um total de R$ 10 mil a ser destinado para todos os candidatos do PSB do estado.
Esse dinheiro seria dividido em três parcelas: uma de R$ 2 mil em julho, R$ 3 mil em agosto e R$ 5 mil em setembro.
Perdas pelo estado
O vice-presidente regional do PSB, Sérgio Assis, disse que o partido tem 40 vereadores distribuídos em Mato Grosso do Sul e todos se mostraram descontentes com o que a coligação com Nelsinho Trad oferecia. “Conversei com esse grupo e eles mencionaram que deveríamos ser mais respeitados pela coligação”, explicou Sérgio.
De acordo com ele, a decisão de mudar o foco de apoio do PSB é definitiva, pelo menos para esta eleição. “Não podemos dizer que dessa água nunca beberei, mas para esta eleição não há mais como voltar atrás. Não dá tempo”, garantiu Sérgio. "Matéria editada às 15h25 para acréscimo de informações."
Vídeo
