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Política Segunda-feira, 04 de Agosto de 2014, 10:41 - A | A

Segunda-feira, 04 de Agosto de 2014, 10h:41 - A | A

Delcídio é mencionado em \'\'farsa\'\' da CPI da Pebrobras; Senador nega qualquer envolvimento

Rodolfo Cesar (especial para o www.capitalnews.com.br)

O candidato ao cargo de governador de Mato Grosso do Sul pelo PT, o senador Delcídio do Amaral, foi listado como um dos principais elos na farsa da CPI da Petrobras. A revista Veja desta semana publicou reportagem denunciando um susposto esquema em que os investigados receberam um gabarito com as perguntas que a comissão faria.

Delcídio estaria ligado ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, apontado como o responsável pelo parecer falho para a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. De acordo com Veja, o candidato do PT ao governo de Mato Grosso do Sul seria o responsável por orientar Cerveró sobre o que falar com jornalistas e mantê-lo na linha sobre como o governo federal trataria o assunto.

O ex-diretor foi indicado por Delcídio do Amaral ao cargo e é o padrinho politico dele.

A reportagem da revista divulgou nesta semana que as perguntas que seriam feitas ao ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, ao ex-diretor da estatal Nestor Cerveró, e a atual presidente Graça Foster, pela CPI do Senado foram antecipadas. Assim, os interrogados foram preparados para respondê-las e não correr o risco de manchar a presidente Dilma Rousseff, que tenta sua reeleição à Presidência da República pelo PT.

Veja confirmou que tem um vídeo, que foi gravado escondido a partir de uma caneta com câmera, detalhando o esquema. A revista não divulgou o autor do vídeo.

Nota oficial Candidato Delcídio do Amaral
Em nota oficial, Delcídio do Amaral minimizou o caso e questionou alguns pontos. “Fui surpreendido hoje (sábado, 3) com a matéria sobre a CPI da Petrobras, publicada na edição nº 2385 da revista Veja, envolvendo meu nome numa suposta preparação de perguntas aos depoentes desta CPI, baseado numa 'suposta' gravação feita por uma 'canetinha', onde uma terceira pessoa 'supostamente' cita meu nome”, informou.

Ele negou qualquer tipo de envolvimento e definiu quatro pontos em sua defesa. Um deles diz respeito ao contato que teve com José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da Petrobras em Brasília. No vídeo obtido pela Veja, esse contato teria sido uma reunião para repassar as perguntas da CPI aos investigados e Delcídio teria participado para encaminhar o gabarito a Cerveró.

“Todos que me conhecem podem atestar meu comportamento de total isenção e imparcialidade nos trabalhos por mim desenvolvidos no Congresso Nacional. Esse fato é reconhecido pelo próprio jornalista (da Veja) quando lembra, na reportagem, da maneira republicana que conduzi os trabalhos na CPMI dos Correios, que tive a honra de presidir.”

“Em função das eleições de 2014 não sou membro de nenhuma das duas CPIs da Petrobras, cujos trabalhos tenho acompanhado à distância e superficialmente, pela própria mídia. Confirmo meu contato, institucional, com o sr. José Eduardo Barrocas por ser ele o chefe do escritório da Petrobras em Brasília com a função de fazer a interface entre a companhia e os membros do Congresso Nacional”, completou Delcídio.

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