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Polícia Segunda-feira, 20 de Outubro de 2014, 09:42 - A | A

Segunda-feira, 20 de Outubro de 2014, 09h:42 - A | A

Rebelião no presídio feminino foi motivada por morte de uma das internas

Samira Ayub e Gabriel Kabad - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A morte de uma das internas do presídio feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande, pode ser o motivo para a rebelião que teve início na manhã desta segunda-feira (20). As 400 internas do estabelecimento penal, localizado no bairro Coronel Antonino, conseguiram sair das celas e ter acesso a tesouras, facas e outros objetos. O Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) conteve a rebelião e as presas passam por revista.

Segundo o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Deusdete de Souza Oliveira Filho, disse que na madrugada de hoje, a interna Leda Barbosa Loredo, de 38 anos, que sofria de problemas renais e fazia hemodiálise acabou morrendo.

A interna, presa por homicídio, passou mal na sexta-feira (17) e foi encaminhada para a Santa Casa, mas recebeu alta e voltou para o presídio. Ontem, porém, a interna passou mal novamente e foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Coronel Antonino, foi medicada e retornou para o estabelecimento penal, mas na madrugada de hoje, Leda acabou morrendo.

Após a morte de Leda, as outras 400 internas deram início à rebelião por volta das 5 horas. Ainda não se sabe como as internas conseguiram sair das celas e ter acesso à sala de costura e a cozinha do presídio. De acordo com o diretor-presidente da Agepen, três mulheres passaram mal devido a distúrbios emocionais, mas foram encaminhadas para a UPA do Coronel Antonino onde foram medicadas.

Segundo Deusdete Oliveira, as internas começaram a rebelião alegando que Leda não teria recebido atendimento médico, mas de acordo com ele, o estabelecimento ofereceu todas as condições para que a interna recebesse o tratamento adequado.

A rebelião foi contida por 40 homens do BpChoque, que ainda estão no local. As internas serão extraditadas, ou seja, devem sair das celas para passar pela revista. O Corpo de Bombeiros também está no local.

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Deusdete de Souza Oliveira Filho, diretor-presidente da Agepen, esclarece motivo da rebelião
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

 

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